Black Clover (fanfic longa)
A gêmea da Guerreira Dragão do Mar

Cap.1 - Capital Real
Uma jovem corria a toda a velocidade entre árvores em direção ao seu destino, a capital real. Ela estava prestes a iniciar a sua jornada, tendo em mente, não só o seu desejo de se tornar mais forte mas também o seu principal objetivo.
- Então... aquela é a capital real. - sorrindo, a jovem adentrou na cidade e ficou deslumbrada com tudo o que via e ouvia à sua volta. Para quem viveu isolada de tudo e de todos nos últimos anos, tudo a entusiasmava. Entusiasmo esse que chamava a atenção das pessoas ao redor.
Com os olhos a brilhar, a jovem exclamou: Que maravilhoso! Há magia por todo o lado! Quem me dera poder controlar a minha magia tão bem quanto eles! Não, não digas isso! Eu terei de ser muito, muito mais forte! Sonha alto, Azuli!
Enquanto Azuli falava sozinha, dois jovens encaravam a menina. Curiosos e confusos, eles ( mais precisamente, o jovem mais baixo) decidiram ir ter com ela. O jovem menino mais baixo puxava o menino mais alto, contra a sua vontade.
- Oi! Eu sou o Asta do vilarejo de Hage, muito prazer! - o menino gritou com todo o entusiasmo, assustando a jovem que balbuciava para si mesma.
- Ai! Para que foi isso!? Por pouco não ficava surda! - embora a jovem se queixasse dos gritos de Asta... ela própria estava a gritar tanto quanto ele.
Com uma gota de suor na testa, o menino alto disse, calmamente: Idiotas. - e saiu a andar em direção ao local do exame de admissão dos cavaleiros mágicos.
Vendo o menino alto sair, ambos, Asta e Azuli, gritaram: Espera!
- Ainda não nos apresentámos todos, Yuno! - Asta exclamou.
Yuno virou-se em direção à jovem de cabelos castanhos escuros, que chegavam até à cintura, e tinha o rosto adornado por uma franja reta. A jovem também tinha madeixas rosas choque pelo comprimento do cabelo e apenas uma madeixa na franja. Ela era pouco mais alta que o Asta, talvez uns cinco centímetros mais alta.
- Eu sou o Yuno, e vim do vilarejo de Hage. - após a apresentação, Yuno voltou a caminhar.
Asta e a jovem andaram rapidamente até Yuno e acompanharam-no na caminhada.
- Eu sou a Azuli do vilarejo Kai. Vamos ser amigos??
- Claro! Então, Azuli, também vais participar no exame de cavaleiros mágicos? Nós vamos, e eu tornar-me-ei no Rei Mago! - Asta disse, alegre, sobre a sua ambição.
A última fala de Asta despertou a atenção de Yuno, que parou de caminhar e enfrentou Asta.
- O que estás a dizer, Asta? O único que se tornará no Rei Mago, serei eu!
Nisso, eles iniciaram uma pequena discussão sobre quem será o Rei Mago, deixando Azuli a contemplar a discussão.
Rei Mago, hein?- pensou Azuli. - Que interessante!
Com um novo entusiasmo, Azuli apressou os rapazes em direção ao local do exame, que não tardava muito já ia começar. Então eles apressaram o passo e foram inscrever-se.
- És o número 63. - disse um homem de manto cinzento detrás do balcão. - Próximo!
O primeiro foi o Yuno.
- Vim do vilarejo de Hage. O meu nome é Yuno.
Homem - Yuno de Hage. O seu grimório?
Yuno mostrou o seu grimório, atendendo ao pedido do homem. A revelação do grimório chocou não somente o homem como também as pessoas da fila atrás de Yuno. Murmúrios de admiração e descrença alastraram-se pelas pessoas ao redor.
Homem - Um... trevo de quatro folhas!? - saindo do choque, o homem anunciou: És o número 64. Próximo!
Asta deu um passo em frente e declarou: O meu nome é Asta e também sou de Hage! Aqui está o meu grimório!
Que entusiasmo. - pensou Azuli. Não a repreendê-lo, mas a ser contagiada pela sua energia.
- Mas que coisa imunda. - disse o homem, com um ar de repulsa. - De certeza que é um grimório?
- Claro que é um grimório! Olha de perto, estás a ver?
- Está bem, está bem. És o número 65.
Asta - Boa! Rei Mago, cá vou eu!
- Buh-Hah, que menino mais engraçado. Ele deve ser muito esforçado para vir da roça até aqui. - disse um homem desconhecido, com um tom que variava entre o deboche e a arrogância.
Homem - Próximo!
Aqui vou eu. - pensou Azuli. Dando um passo em frente, Azuli apresentou-se: Olá, eu sou a Azuli do vilarejo Kai.
Homem - Muito bem. O seu grimório, menina?
- Aqui está. - disse Azuli, calmamente.
- Outro grimório de trevo de 4 folhas! - exclamou o homem, chocado mais uma vez. Qual é a probabilidade de 2 grimórios de 4 folhas despertarem na mesma época? E por quê? Deixando a curiosidade de lado, o homem voltou a falar: És o número 66. Próximo!
Deixando uma multidão atrás de si a murmurar sobre o seu grimório de 4 folhas, Azuli correu em direção à arena para ficar perto dos seus novos amigos, Asta e Yuno.
Dentro da arena, Azuli procurava por Asta e Yuno. Mas sem sucesso. Ela vagava até ouvir alguns jovens a falar de um rapaz que vinha da roça. Um rapaz que afastava os pássaros que odiavam estar perto de magia muito forte. Curiosa, Azuli foi espreitar quem era o rapaz, e ficou a questionar-se se esse rapaz era o Yuno.
- Claro que é o Yuno, Azuli! É a única pessoa naquela direção que não tem nenhum pássaro à sua volta. - Azuli conversava consigo mesma, fazendo as pessoas que testemunhavam a jovem menina de capa vermelha cereja que ia até aos joelhos com galhos desenhados nas pontas, pensar que ela era doida.
- Ela está a falar sozinha?
- Não olhes, ela pode vir até nós.
- Vamos afastar-nos.
Estes eram alguns comentários que Azuli ouviu perto de si.
Azuli, tendo ouvido os comentários, começou a justificar-se e a acenar com um sorriso e foi para outro canto.
- Não os ouças, Azuli.
Azuli virou-se na direção da voz e viu Yuno.
- Até que enfim te encontro, Yuno! - exclamou Azuli, com entusiasmo.
Yuno olhava para os amáveis olhos azuis celeste de Azuli que, ao contrário das palavras e da voz da menina, não mentiam. Neles, Yuno podia encontrar um misto de tristeza e solidão.
- Bem, o exame não tarda vai começar. Vamos manter-nos perto. - disse Yuno.
- Claro! E onde está o Asta? - perguntou Azuli.
- Nem me fales. - suspirou Yuno, ao mesmo tempo que revirava os olhos. - Ele está ali, como sempre a causar alvoroço.
A uns metros longe do lugar onde os dois estavam, podia-se ver Asta a ser elevado pela cabeça por um homem grande com cara de delinquente a fumar um cigarro.
- Devíamos ajudá-lo? - perguntou Azuli.
- Sem chance. O Asta é capaz de se safar sozinho. - respondeu Yuno, tendo conhecimento da resistência física de Asta. E também, Yuno não queria envolver-se naquela confusão toda.
Com o Asta...
- Dez segundos. - disse o homem com uma aparência assustadora.
- Dez segundos para quê? - perguntou Asta.
- Dez segundos para morrer. - disse o homem.
- O quê?!! - com essa informação, Asta segurou o braço do homem com as duas mãos e apertou com muita força, na tentativa de se libertar do aperto esmagador do homem.
Que força este miúdo tem. - pensou o homem, com uma cara de entediado.
Dois outros homens apareceram na arena. Eles olhavam de um lado para o outro, parecia que estavam à procura de alguém. Ao avistar quem estavam à procura, um deles exclamou: Ah, cá está ele! Yami, o que estás a fazer aqui?
O homem assustador, agora conhecido como Yami, respondeu: Eu vou acabar com a vida deste pirralho aqui. - Yami apertou a cabeça de Asta mais fortemente, fazendo-o gritar e balançar-se para se libertar.
Dentre dos expectadores, comentários surgiram.
- Mas que violência é essa? - perguntou um rapaz.
- Mas aquele não é o grande Finral Roulacase, que detém a raríssima magia espacial? - perguntou uma jovem menina, com admiração.
Ao ouvir a jovem menina, Finral aproximou-se dela.
- Olha, tu és muito fofa, sabias? - elogiou ele.
- Esse é apenas um mulherengo que dá em cima de todas as mulheres solteiras do reino. - disse alguém da multidão.
- E aquele... Gordon Agrippa! O especialista em magia de veneno! - exclamou alguém.
- Ouvi dizer que é impossível levá-lo na conversa. Ele é assustador. - disse um jovem rapaz da multidão, despertando a atenção de Gordon, que olhou para ele.
- Aí, aí, não faças isso! Um capitão de esquadrão não deve fazer mal aos candidatos. - disse Finral, com uma gota de suar na bochecha. - Mas a pergunta que não quer calar é: como vieste parar aqui? - questionou Finral.
- Eu vim cagar e perdi-me. - respondeu Yami.
Os candidatos ao redor começaram a murmurar e a questionar o facto de Yami ser realmente um capitão de esquadrão. Mas logo um dos candidatos reconheceu Yami: É o capitão da destruição, Yami Sukehiro!
- Yami, o capitão dos Touros Negros? - perguntou uma candidata, a reconhecer o capitão das histórias que ouvira.
- Os Touros Negros... O sucesso deles só não é maior que o estrago que causam. - acrescentou outra jovem.
- Parece que não há nenhum cavaleiro mágico decente nesse esquadrão. - apontou um jovem.
Enquanto Finral elogiava as meninas, Yami apertava com mais força a cabeça de Asta, o que fez Asta esforçar-se ainda mais e fazer mais força ainda para se libertar.
Ai, se eu não sair daqui eu vou morrer. - pensou Asta. Asta então começou a fazer toda a força que conseguia, surpreendendo Yami mais uma vez. Mas antes que Asta pudesse escapar, fogos de artifício explodiram no céu, acima da arena. Nesse momento, Finral lembrou Yami que o exame estava prestes a começar.
Yami soltou Asta e disse: Acho que tu vais sobreviver, ô, pirralho. - e foi embora. - É melhor tomares mais cuidado com o que te sobrou de vida. Foi um ultimato, hein.
- Ahhhh!! - Asta gritou de dor, caído no chão com uma expressão engraçada.
- Tchauzinho!- despediu-se Finral das meninas.
- Eu quero que o capitão me mate também. - disse Gordon, em um tom de voz quase inaudível.
Azuli e Yuno, vendo que a confusão já tinha passado, caminharam em direção a Asta.
- Astaaaa! Estás bem? Estás a sangrar? O teu crânio ainda está inteiro? - Azuli inspecionou a cabeça de Asta à procura de alguma ferida, preocupada.
- Ahh, a minha cabeça dói! Acho que fiquei com traumatismo craniano! - gritou Asta, envolvido em drama e exagero.
- Calma, não estás a sangrar, mas chega um pouco mais perto, deixa-me fazer uma coisa só para prevenir. - Azuli colocou cada uma das suas mãos de um lado da cabeça de Asta, que começaram a brilhar em um tom azul claro, quase branco.
- Uau! O que foi que fizeste, Azuli? A dor desapareceu! - exclamou Asta, grato e impressionado pelo que Azuli lhe tinha feito.
- Foi um pequeno feitiço de cura. Ainda bem que estás melhor, Asta. - respondeu Azuli.
Não foi só Asta que ficou impressionado com o pequeno gesto, mas amável, de Azuli. Yuno também apreciou o ato da rapariga, feliz por ela não menosprezar o seu irmão por não ter poder mágico.
Desconhecido - Buh-Hah, está tudo bem aí?
- Está, está sim. - respondeu Asta virando-se para olhar quem estava a falar com eles.
- Deve ter sido complicado ter o capitão Yami dos Touros Negros na tua cara daquele jeito. - disse o desconhecido. - Ah, eu sou o Sekke, Sekke Bronzazza. O prazer é todo meu, Buh-Hah! - apresentou-se o agora conhecido por Sekke.
Ele parece suspeito. Não é de confiança. - pensou Yuno.
- Eu sou o Asta, muito prazer. - apresentou-se Asta, com um sorriso no rosto.
De repente, instalou-se uma certa agitação. Os capitães cavaleiros mágicos estavam a chegar nesse momento, atraindo a atenção de todos os candidatos.
Está ali! - pensou Azuli, alarmada. - Age normalmente, sê como sempre és, Azuli! - disse Azuli, para si mesma.
- Está tudo bem, Azuli? - perguntou Yuno, preocupado.
- Estás pálida, queres sumo de musgo mágico para te sentires melhor? Ele é bom para os músculos e dá-te energia! - disse Asta, com entusiasmo.
- Não, eu estou ótima! Estou ansiosa por estar na presença de tantos capitães cavaleiros mágicos. Eles parecem incríveis e muito fortes! - exclamou Azuli, recompondo-se.
- Podes crer!! - exclamou Asta, também entusiasmado.
À medida que cada capitão se sentava, Sekke apresentava cada um deles por ordem de chegada: Nozel Silva, capitão dos Águias de Prata, Fuegoleon Vermillion, capitão dos Reis Leões Carmesins, Jack, o estripador, capitão dos Louva-a-Deus Verdes, Charlotte Roselei, capitã da Rosa Azul, Gueldre Poizot, capitão das Orcas Púrpuras, Dorothy Unsworth, capitã dos Pavões Corais, Rill Boismortier, capitão do Cervo Ciano, e por último... William Vangeance, capitão do Alvorecer Dourado.
Asta e Yuno olharam determinados para o homem que está mais perto de se tornar em Rei Mago, William Vangeance, homem cujo esquadrão tem os cavaleiros mais leais segundo Sekke.
Entre murmúrios de admiração, os candidatos desabafavam as suas esperanças em relação ao esquadrão a que querem pertencer.
- Mas que chato! - disse Yami, a bocejar. - Vamos logo acabar com isto.
- Este é um exame importante que vai decidir o futuro destes jovens. Tens de levar a ocasião a sério. - disse William a Yami, com um sorriso sereno e confiante.
- Está bem, já entendi, ô, Senhor da Razão. - disse Yami, a exalar fumo do seu cigarro.
Todos estavam impressionados com os capitães. Dizem que cada capitão detinha o poder equivalente a cem cavaleiros mágicos.
William - Candidatos, atenção! Perdão pela espera, sou eu que vou conduzir o vosso exame. - após dizer isso, William estica o braço direito com o qual segurava o grimório com a mão. As folhas do grimório passavam, enquanto uma luz intensa verde clara imergia do grimório, parando em uma página específica. - Árvore Mágica! - ditas essas palavras, o céu acima da arena foi coberto por nuvens escuras como carvão e uma forte ventania instalou-se. Uma raiz de árvore surgiu do centro das nuvens e vários ramos foram em direção aos candidatos, revelando-se serem vassouras.
Então este é o próximo Rei Mago! - pensaram Yuno e Asta, ao mesmo tempo.
- Espantoso! - disse Azuli, com admiração. Mas a sua expressão mudou quando viu o que tinha nas mãos. Uma vassoura! O que significava que eles teriam de voar! Isso assustou-a. Embora ela tenha uma grande quantidade mágica, a maior dificuldade dela era controlá-la!
Santa Deusa do Mar, ajuda-me! - pensou Azuli, que estava a ter uma crise interna.
- Vocês vão passar por diferentes testes hoje. Nós nove seremos os avaliadores das vossas performances e vamos selecionar os candidatos que desejamos adicionar aos nossos esquadrões. Se vocês forem escolhidos por mais de um esquadrão, vocês poderão escolher em qual esquadrão entrar. Por outro lado, quem não for escolhido por um capitão, não estará qualificado para ser um cavaleiro mágico.
Eu vou entrar custe o que custar. - pensou Asta.
Eu vou esforçar-me ao máximo para entrar. Não posso falhar! - pensou Azuli, determinada.