28#A gêmea da Guerreira Dragão do Mar

24-03-2025

Capítulo 28 - A máscara cai

O anúncio do casamento agitou o salão. Os convidados não podiam acreditar no que ouviram, pois uma coisa os fez questionar.

- Será que ele vai casar com a princesa? Ela regressou há tão pouco tempo e já está noiva novamente?! - uma jovem condessa expressou a sua indignação.

- A princesa deve ter quinze anos neste momento, seria importante ela ter a oportunidade de se juntar aos cavaleiros mágicos. - comentou um amigo da jovem condessa ao seu lado, ele parecia estar em torno dos seus dezoito anos.

- Minhas crianças, a vida da realeza é assim. Se Sua Majestade assim o decidir, não haverá nada que a princesa ou o duque possam fazer para escapar. -disse um senhor atrás dos dois jovens.

- Avô, isso não seria justo para com a princesa. Está claro que a princesa não queria um casamento na última vez e desapareceu, agora ela aparece junto a Sua Majestade. Isso é... intrigante.

- Pode ser que... - o amigo da condessa falou, desconfiado.

- Ahahahah! Amo a vossa curiosidade e perspicácia minha querida neta Dione e Dylan, mas aconselho a falarem fora deste local, mais preferível um lugar privado. - o senhor cochichou no ouvido de Dione e de Dylan. - Como sabem, muitos nobres usam máscaras, não sabemos no que pensam ou de que lado estão.

No centro do salão, um grupo tentava encontrar o significado de tudo o que ouviram até agora. Muito foi dito, e muito foi o que os confundiu.

- Vocês parecem todos exaltados. Não seria melhor relaxarem um pouco? - perguntou Asta.

À sua frente, quatro jovens estavam quase a infartar de tantas emoções e sentimentos controversos.

- Como é que eu haveria de me acalmar?! A minha irmã desaparecida há anos, de repente, supostamente aparece em um baile qualquer, sem sequer ter-me contactado antes!! - disse Noelle, nervosa, mas a tentar que a sua voz não fosse muito alta.

- Supostamente? - questionou Asta, em dúvida, inclinado para trás com um pouco de receio das expressões que Noelle fazia.

- Aquela não é a minha prima! - sussurrou Leopoldo, para não gritar, a Asta, que deu alguns passos atrás.

Estão todos tão estranhos... - pensou Asta, com uma gota de suor na testa, enquanto passava o olhar pelos quatro.

Entre todos, os mais... alterados, eram na realidade Azuli e Benjamin, embora não parecesse no exterior.

A princesa... Naomi...? - Benjamin olhava para a rapariga, os olhos estavam secos de nunca piscar os olhos desde que vislumbrou Naomi. - Ela é mesmo... a princesa Naomi que eu conheci? Ela parece tão... serena.

Ai, por que isto tinha que acontecer no meu dia de folga?! E quem teve a brilhante ideia de anunciar uma princesa Naomi impostora em frente à elite do reino, até mesmo ao rei?!! Pelo lado positivo, eu não tenho nada a ver com isto... Sou a Azuli, do vilarejo Kai. Morava muito feliz com o meu avô que me protegia de tudo e de todos desde que nasci! - pensou Azuli, convicta. - Sim, é isso! - exclamou Azuli, determinada.

- Hmm? - todos os seus amigos e alguns nobres ao redor olharam para ela.

- Irmã Noelle... - disse Naomi, a sua voz a ecoar pelo salão, causando o silêncio absoluto em meio a todos os olhares que presenciavam o momento.

- Irmã? - questionou Asta, baixinho, enquanto olhava entre Noelle e a princesa Naomi.

Noelle permanecia em silêncio, o bater acelerado do seu coração era tudo o que ouvia em meio ao silêncio. A tensão não abandonava o corpo dela.

- Irmã! - Naomi correu pelo caminho abdicado a ela pelos nobres, e abraçou contentemente Noelle. - Tanto tempo que estivemos separadas! Mas agora... ficaremos juntas como antes, mana. - disse ela, uma expressão serena no rosto, enquanto segurava nas mãos de Noelle, separando-se do abraço.

Se eu a afogar acidentalmente com a minha magia da água, será que sou condenada? - pensaram Azuli e Noelle, simultaneamente.

Passos eram ouvidos pelo salão, Hadrian estava agora atrás de Naomi.

- É emocionante ver o reencontro de duas irmãs gêmeas após tanto tempo separadas, e terão o baile e toda uma vida para falar, conviver, rir e chorar juntas, eu mesmo cuidarei para que isso aconteça. - disse Hadrian.

Perspicazes, os nobres entenderam que havia algo na fala de Hadrian que não eram simples palavras vazias, portanto, eles aguardavam.

- Perdoem-me, o noivado era apenas uma brincadeira minha, uma manobra para descontrair. Sem mais delongas... Como guarda-costas da princesa Naomi, a partir de hoje estarei publicamente comprometido em proteger a nossa princesa, protegê-la-ei de todos os males que a ameacem! - anunciou Hadrian, com um semblante determinado, qualquer diversão no olhar havia desaparecido.

Uma salva de palmas seguiu-se, a emoção reinava no salão, os convidados contentes e deslumbrados pela determinação do jovem duque em proteger a sua princesa.

Vanessa e Finral observavam tudo e todos, até mesmo os olhares que Noelle e Azuli trocavam. Pouco mais de dois messes se passaram desde que as duas novatas ingressaram nos Touros Negros, mas muitas mudanças de comportamento foram percebidas pelos dois, especialmente por Vanessa.

- E agora, Vanessa? Estamos no centro das atenções, e elas não parecem nada confortáveis. - sussurrou Finral à amiga.

- Nota-se que elas não querem estar aqui. Conhecendo-as, parece mesmo que elas querem matar a princesa Naomi. - sussurrou Vanessa, uma gota de suor a escorrer da testa.

- É... Temos que arranjar uma desculpa para sair daqui assim que o baile começar! - sussurrou ele, atento a qualquer ouvido que o escutasse.

- Se tem que ser... Melhor ser mal educada do que ter que salvar aquelas duas da condenação que viriam a receber. - comentou Vanessa.

- Exato! - sussurrou Finral. Aposto que o Yami me faria ser o infiltrado naquela masmorra fria e sinistra! - pensou ele, com o rosto azul de terror.

No alto das escadas, uma pessoa não estava muito contente.

Uma tosse bem alta ecoou pelo salão, seguidas de mais uma, duas, ... até que a atenção foi dirigida a ele.

- Como o duque Hadrian falou, ele será o guarda-costas pessoal da princesa Naomi, ele acompanhá-la-á a todos os lugares, incluindo nas missões que realizará enquanto membro de um esquadrão mágico. Como a segurança da vossa princesa é prioridade, tenho a honra de anunciar as famílias Shadow e Montemor como os protetoras da princesa. Em qualquer necessidade, em qualquer caso de perigo, todos os membros de ambas as famílias, excluindo por direito os não possuidores de grimórios, têm o dever de garantir a segurança da princesa. - aplausos ecoaram pelo salão.

- Parece que isto é à séria, hein. - comentou Asta, distraído, após ouvir o anúncio do rei.

- Realmente... - disseram Finral e Vanessa. Tomara que isto não dificulte a nossa saída. - pensaram eles, preocupados.

- Como rei deste país, a lei do reino Clover exige o cumprimento do protocolo oficial para designar protetores a qualquer membro da realeza. Portanto, na segunda lua cheia, céu igual em que a princesa foi encontrada, a contar do dia de hoje, uma cerimónia de condecoração será realizada no castelo Clover! - exclamou o rei Augustus, com os braços abertos, com o seu cetro real na mão.

Aplausos explodiram pelo salão novamente.

- Com tudo dito e esclarecido, está na hora de oficializar o início do baile! Hadrian, princesa Naomi, podem fazer as honras! - exclamou o lorde da casa, pai de Hadrian, animado.

- Minha princesa... - Hadrian curvou-se e ofereceu a mão a Naomi.

- Vemo-nos daqui a pouco, irmã. - despediu-se Naomi, com um sorriso sereno nos lábios e olhos brilhantes de emoção, que aceitou a honra da dança.

- Sim... Até logo, Naomi. - disse Noelle, uma máscara serena escondeu os seus sentimentos e pensamentos mais profundos.

A orquestra iniciou uma linda música, dando início à dança principal.

- Agora! - sussurrou Finral a Vanessa, que se aproximou rapidamente das duas meninas.

- Meninas, querem ir embora? - perguntou Vanessa, preocupação a escapar pelo tom de voz.

- Vocês parecem estressadas, compreendemos se não quiserem ficar aqui. Isto também vale para vocês dois, Benjamin e Leopoldo. - disse Finral. - Vocês estão alterados desde que a princesa apareceu.

- Eu tenho um motivo. Noelle, precisamos falar. - disse Leopoldo, sério. - Asta, não venhas atrás!

- Um segundo. - concordou Noelle. - Eu quero ficar, pessoal, obrigada. Eu preciso esclarecer algumas coisas antes de sair deste baile. Já volto! - Noelle seguiu Leopoldo para fora, até à varanda.

- Azuli? - questionou Vanessa.

- Eu também quero ficar e manter-me do lado da Noelle quando ela precisar. Mas obrigada pela preocupação, pessoal. Vemo-nos daqui a pouco! - exclamou Azuli que, após uma breve olhada para a rapariga que dançava com Hadrian, correu até à varanda em que a sua irmã e primo foram.

- Isso quer dizer que ficamos? - perguntou Asta, confuso.

- Parece que sim. - disse Vanessa, de braços cruzados.

- Tanta tensão deu-me sede, vou beber alguma coisa. Alguém mais quer? - perguntou Finral, com um sorriso.

- Aqui deve haver um monte de vinhos caros, não é? Eu vou experimentar todos eles! Oh! Obrigada, querido. - Vanessa agradeceu ao empregado que apareceu com uma bandeja cheia de taças de vinhos.

- Obrigada. - Finral agradeceu antes de pegar a taça.

- Eu não posso beber vinho ainda. - disse Asta. - Há alguma bebida sem álcool nesta festa, senhor? - perguntou Asta, animado, surpreendendo levemente o homem.

- Aqui.

- Hã? Oh, obrigada, menina! - agradeceu Asta, com um grande sorriso, ao aceitar a taça de sumo de frutas.

- Não há problema, nesta festa há variadas bebidas sem álcool bem ali. - a menina apontou para o fundo da sala, para uma mesa recheada de bebidas. - Eu sou a Dione LeBlanc, é um prazer. - a menina de cabelo turquesa ondulado estendeu a mão a Asta.

- Muito prazer, eu sou o Asta! - disse Asta, sorridente, enquanto apertava a mão de Dione.

- Quem é a tua amiga, Asta? - perguntou Vanessa, empoleirada no ombro de Asta.

Antes de Asta poder responder, Dione adiantou-se.

- Dione LeBlanc, prazer. - apresentou-se a Vanessa.

- Olá, querida, eu sou a Vanessa Enoteca, muito prazer. - apresentou-se ela.

- Eu sou o Finral Roulacase, ao teu dispor, jovem lady! - apresentou-se Finral, entusiasmado. Que gaaata! - pensou ele.

- Vocês são amigos da princesa Noelle? - perguntou Dione, do nada.

Princesa Noelle...? Estranho. - pensaram os três.

- Somos do mesmo esquadrão que a Noelle, então sim, somos todos amigos dela! - disse Asta, sorridente e com os olhos a brilhar. - E quanto a ti... O que queres da Noelle? - perguntou Asta. Prometi proteger a Noelle e a Azuli de qualquer mal, isso vale também de pessoas que só querem troçar delas! - pensou Asta, lembrando-se dos irmãos de Noelle e das pessoas que ouvia falar mal de Azuli pelas costas.

Algures...

- Alvo na mira.

Um olhar atento exalava diversão enquanto observava o seu alvo. Folhas iam com o vento que passava por ele como se não estivesse lá nada, a luz do sol transpassava pelo homem... Mas ele estava lá, quem olhasse assim o concluiria.

No Castelo Real Silva... algures...

- Tens a certeza... do que estás a dizer, Fuegoleon? Não brinques comigo. - disse Nozel, a confiança e a força da voz habitual fora, desta vez a sua voz era perigosamente baixa, extremamente frágil, pelo menos... aos ouvidos de quem realmente o conhece.

- Não tenho dúvidas. Eu vou repetir... A tua irmã, Naomi Silva, está viva. Sabes tão bem quanto eu... o que isto significa. - Fuegoleon dirigiu o seu olhar para o objeto à sua frente.

O olhar chocado de Nozel refletia um brilho branco, brilhos azuis celeste irradiavam pela extensão que reluzia nos cabelos prateados do príncipe Silva. Entre os dois cabeças das famílias reais, um pequeno cristal que parecia guardar todas as cores possíveis flutuava, irradiando um poder calmo.

- Como pode ser isso verdade...? Por anos esse cristal deixou de brilhar, nem um único raio de luz escapou dele, não era nada mais... Não era mais que um vidro opaco. - Nozel divagava, todo o seu ser estava concentrado em entender o que tudo lhe fora dito, tudo o lhe fora mostrado implicava. - Se isso é verdade... aquela rapariga...

- Não! Não tiremos conclusões precipitadas. Apenas temos a prova de que a Naomi está viva e que, muito provavelmente, está próxima a nós. Para este cristal ativar, lembro-me que ela sempre estava em apuros. E, como podes ver...

Nozel entendeu de imediato. A sua irmã, aquela cujo fora alvo de poderosos inimigos no passado, estava em perigo! Ela estava próxima, mas o seu paradeiro era desconhecido.

Na propriedade Shadow-Montemor... No jardim...

Momentos de silêncio passaram pelos três jovens. Um pequeno segredo separava os três da compreensão e da concordância. Noelle e Leopoldo continuaram o seu diálogo, enquanto Azuli ficava encostada a uma árvore próxima, a escutar...

Isto complicou-se mais depressa do que eu pensei. Imaginei que eu poderia estar no controlo da situação, mas não podia estar mais enganada. Uma jovem princesa que morre durante o ataque ao castelo real no baile em que anunciaram o seu noivado com o príncipe do reino vizinho, anos depois ela aparece diferente, mascarada, para que ninguém a reconhecesse e assim poder reencontrar a sua irmã gêmea e talvez, só talvez, merecer o reconhecimento da sua família pela poderosa guerreira que havia se tornado. Ele tinha razão... Eu sou ingênua, uma problemática.

- Vais manter segredo, Noelle? - Leopoldo, cabisbaixo, segurava-se para manter a calma. - Por quê? No meio a toda a falsidade da realeza, a Naomi era a minha melhor amiga... Tu sabes disso. - confessou Leopoldo.

Noelle olhava pesarosamente para Leopoldo, os cantos dos olhos do menino detinham pequenas lágrimas que não escorriam, eram seguradas.

- Eu já percebi que tu sabes de alguma coisa sobre a Naomi. - Leopoldo surpreendeu Noelle. - Todos os dias e todas as noites, eu sei que tu ias à procura dela. O Nozel sempre parecia irritado com isso, então foi fácil saber o que procuravas. Mas de um momento para o outro, tu paraste. O teu semblante frio e distante desapareceu apenas em alguns dias após te juntares aos Touros Negros.

- Ahmm... - Noelle queria perguntar como ele sabia o que ela fazia enquanto vivia exilada do castelo Silva e nos Touros Negros, como ele sabia a forma que ela se comportava, mas desistiu e continuou a ouvir.

- Encontraste-a? - em meio à voz calma, os punhos cerrados sangravam, o aperto era forte demais.

- Não.

O vento abrandou, mas o ar parecia gélido, o canto das aves parecia cessar, segundos pareciam minutos.

- Muito bem... Não podemos demorar. Eles devem estar à nossa espera lá dentro. - disse Leopoldo, virado de costas. E assim, ele começou a dar passo a passo, um mais doloroso que o outro, em direção à varanda pela qual saltou.

- Quando é que te irás tornar em um leão, seu filhote choramingas? A juba não poderá esconder as lágrimas para sempre.

Essa foi a gota de água, as lágrimas escorreram como uma cascata dos olhos de um estático Leopoldo.

Naomi! É ela! - o braço de Leopoldo escondia os seus olhos, e também as suas lágrimas.

Quando é que te irás tornar em um leão, seu filhote choramingas? A juba não poderá esconder as lágrimas para sempre. - a sombra da pequena Azuli pairava sobre o caído Leopoldo.

Eu sou um leão forte, sua águia malvada! Eu não choro! - com o joelho esfolado, a sangrar, um pequeno Leopoldo chorava, sentado sobre as rochas perto do lago.

- Eu sou... um leão forte, sua águia malvada. Eu... não choro. - a força com que Leopoldo se esforçou em dizer estas palavras notou-se na voz tremida entre lágrimas contra as quais Leopoldo lutava para as impedir de escorrer, apesar do braço as esconder.

O sol batia sobre os três jovens, o vento animou-se novamente, aumentando a agitação das emoções acumuladas de todos.

Dentro da mansão Shadow-Montemor...

Dione e Asta encaravam-se.

- Quero apenas conhecê-la. Não tive oportunidade de a conhecer nos eventos anteriores porque ela sempre estava protegida por guardas, pensei que esta poderia ser a minha oportunidade. - confessou Dione. - Todas as minhas interações com a princesa foram exclusivamente formais, eu gostava de a conhecer melhor.

A vida da Noelle ainda é uma incógnita para mim. - pensou Asta. Ouvir todas estas formalidades para com Noelle foi, no mínimo, estranho para Asta. O mundo que observava ao seu redor parecia completamente fora da realidade para ele, ele sentia-se deslocado. Pessoas ditas amigas de longa data comportavam-se com extrema cautela, o receio e o medo tentavam fugir do olhar, mas não desapareciam, a preocupação em cada detalhe, cada movimento, cada gesto, cada sorriso, cada piscadela de olhos...

- Chegámos a tempo das primeiras danças?! - perguntou Azuli, empolgada.

Outra membro dos Touros Negros, calculo. - pensou Dione, a olhar para a menina das madeixas rosas choque e vermelhas, antes de olhar para quem ia atrás dela.

- Mesmo a tempo, pessoal! A primeira dança está prestes a terminar. - respondeu Finral, o sorriso não largava o rosto. - Lindíssima Dione, gostarias de dançar a próxima dança comigo?!

- Adoraria dançar contigo, Finral, mas antes gostaria de conversar com a princesa Noelle. Se estiver tudo bem para si, princesa. - disse Dione, olhos nos olhos de Noelle.

- Ah, eu vou até aquele lindo ali, ele está a olhar para mim faz tempo. Vemo-nos logo! - Vanessa dirigiu-se até a um homem deslumbrante na sombra do salão.

Antes que alguém pudesse falar, eles foram abordados por um nobre.

- Princesa Noelle, príncipe Leopoldo, é uma honra vê-los neste baile. - com uma vénia, um jovem de cabelos azuis noturno cumprimentou. - Wahid, filho do lorde Eros Montemor e Lady Stella Montemor, é um prazer.

Em resposta, Noelle e Leopoldo seguiram a etiqueta e cumprimentaram o jovem. Segundo a etiqueta da realeza de Clover, nenhum deles tinha a obrigação de fazer uma vénia, mas como cortesia, assim o decidiram. Noelle abaixou levemente a cabeça e refletiu levemente os joelhos, cruzando os pés, o seu vestido era segurado pelas mãos em ambos os lados, enquanto Leopoldo colocou a mão no peito e baixou levemente a cabeça.

- Prazer. - disseram Noelle e Leopoldo, serenamente.

- Condessa Dione. - Wahid pegou na mão de Dione. - Há quanto tempo? - questionou o jovem, que teve o plano frustrado, pois Dione retirou a mão antes que o homem a beijasse.

- Mantém-te longe, na próxima vez eu lanço-te para as brumas das montanhas! - ameaçou Dione, cansada das brincadeiras de Wahid.

- Hã? - expressaram Azuli, Noelle, Asta, Leopoldo e Finral. Eles mudaram de comportamento muito rapidamente. - pensaram eles, após toda a seriedade de momentos atrás.

- Ei, onde se meteu o Benjamin? - perguntou Azuli, pergunta à qual ninguém soube responder.

No telhado...

Dois homens se encaravam, o vento batia contra as suas capas.

- O que queres daqui? E não vale a pena fugir da pergunta, sei reconhecer um sádico, preparado para brincar com a sua presa, quando vejo um. - disse Benjamin.

O homem robusto à sua frente era elegante, bonito diria mesmo. Mas o seu olhar, o seu sorriso, a sua postura, a sua mana emanavam uma sensação que enviava calafrios.

- És amigo daqueles jovens que acompanhavam a princesa Noelle? - perguntou o homem sorridente, o que mais pareceu uma afirmação. O homem parecia divertido ao fazer as coisas do seu jeito, no seu tempo.

Benjamin prontamente abriu o seu grimório à sua frente.

- Vamos acabar com isto, portanto. - disse o jovem, o brilho gélido do olhar era a única fonte de emoção do rapaz.


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