25#A gêmea da Guerreira Dragão do Mar

24-03-2025

Capítulo 25 - O início do desabrochar

Que lugar é este?

Oh... Eu já estive aqui antes.

Cheguei ao fim...?

Noelle... Fuegoleon... Pergunto-me onde eles estão... E também... como estão.

Dúvidas e preocupações ocupavam a mente de Azuli. A jovem, mais uma vez, andava pelo vazio, um lugar encoberto pela escuridão e embalado pelo silêncio.

Ora... Agora tu... é que me intrigas. - pensava Azuli, a olhar para cima, para a luz que se aproximava.

Acima, um cristal, semelhante a uma flor, uma flor que Azuli conhecia muito bem, brilhava suavemente enquanto flutuava para baixo.

Pelo visto, mudaste novamente. Às de me dizer como evoluis em tão pouco tempo. Após aquela batalha desastrosa, estou mais convicta ainda de que tenho de melhorar o mais rapidamente possível. - pensou Azuli, o cristal, desta vez estabilizado, ainda a brilhar à sua frente a flutuar. - De certa forma, parece que estás a responder aos meus pensamentos... - suspirou Azuli.

Pergunto-me se ainda há esperança para mim. - Azuli andava por aí, lentamente. - Na última vez que estive aqui foi a minha irmã que me salvou. A minha gêmea... Ela deve estar no mesmo estado que eu... ou estará bem? - preocupou-se Azuli. - Não, não, NÃO! - Azuli abanava a cabeça bruscamente para afastar tais pensamentos negativos.

Aquele homem pareceu não lutar para matar. Não sei como estão as minhas feridas no meu corpo real, mas se eu estou neste lugar então ainda deve haver esperança! - Azuli começou a tentar usar os seus poderes, mas nada aconteceu. - Eu sinto que ainda tenho mana. Se eu a sinto, por que não a posso usar?! - o cristal apenas cintilou mais forte uma vez em resposta, fazendo Azuli bufar de irritação.

Naomi...

Naomi...

Hum? - Azuli olhava ao redor, mas não viu ninguém. - Esse nome parece assombrar-me a vida inteira!

Naomi...

De novo este sussurro estranho! Oh! - Azuli então olhou para o cristal em reconhecimento. - És tu, não é verdade? És tu que andas a chamar-me! - o cristal cintilava mais e mais forte. - Mas não entendo... Por que me estás a chamar agora se estamos perto um do outro? Tu encontraste-me. E eu encontrei-te a ti.

Azuli esperava inutilmente uma resposta, mas ao invés disso recebeu algo mais valioso...

Estou a ver... A tua resposta é brilhar e brilhar até cegar-me. - pensou Azuli com as mãos na cintura. - Pois fica a saber que os meus olhos são muito potentes! Não se cegarão por tão pouco, terias que brilhar muito mais forte para que isso acontecesse! - tagarelava ela, mentalmente.

Enquanto isso, o brilho do cristal aumentava conforme Azuli tagarelava animadamente. Brilhou até ao ponto em que o lugar, escuro e solitário, em última análise, se tornasse um local branco cintilante com diversos rios, lagos e mar sem fim... ofuscando a sombra de Azuli, que foi engolida pela luz, com um pequeno detalhe... Duas esferas, uma azul escura como o mar a ser tocado pelo brilho da lua, e outra vermelha como mil chamas a atiçar-se provocadoramente, parecendo uma batalha, foram acolhidas pelo abraço de Azuli no último momento.

Na Base dos Touros Negros...

- Azuli? - uma voz chamou, cuidadosamente.

A cuidar de Azuli estava o seu colega de esquadrão, Finral, a pedido de Vanessa, que por sua vez cuidava de Noelle no quarto da menina de cabelo prateado. Ambas as meninas haviam sido curadas de todas as feridas que tinham por experientes médicos em magia de cura avançada da capital real. Ao redor das duas meninas inconscientes, uma cúpula azul de cura, ativada por um dispositivo oferecido pelo médico mais respeitável do reino, Owen, mantinha a saúde delas, prevenindo complicações no estado das meninas.

- Ora, isto é algo que não se vê todos os dias. - comentou Finral, com uma mão na cintura, enquanto olhava para onde Azuli estava.

Na sala de convívio da Base...

- Que barulheira! Façam silêncio na presença da minha doce irmã Marie, seus idiotas!! - gritou Gauche, irritado, com um punho cerrado, sangue escorria do nariz dele.

- Chuuu. - Grey expeliu fumaça, sentado no mesmo sofá que Gauche.

- Eu também quero ver como elas estão. Não vejo as minhas amigas há dois dias. - comentou Gordon, em um tom que foi totalmente ignorado no meio de todo o barulho.

- Eu não vou sair daqui sem ver a minha rival e a minha prima! Quero ver o estado delas! Elas estão bem?! Deixem-me! - alguém barulhento gritava.

- A Vanessa já disse que não! Fica quieto de uma vez! - o delinquente falou, antes de correr para impedir as escadas. - Nem tentes! Mesmo que consigas passar nunca encontrarás os quartos delas sem a nossa ajuda, estás a ouvir?!

- Ahah! Ei, ei, vamos lutar?! Se venceres, deixo-te ir ter com elas! - uma voz animada falava com o menino de cabelo flamejante.

- Terei todo o prazer em derrotar-te mais tarde, mas agora eu quero ver as meninas! Cá vou eu! - o menino passou por Magna e ia a subir as escadas, porém...

- Que confusão toda é esta? Não há um dia de descanso neste esquadrão? - quem falava colocou o seu cabelo para trás, enquanto a sua expressão mostrava-se aborrecida.

- Nada disso! Espero que toda esta emoção seja por termos uma nova missão! Estou ansiosa por aperfeiçoar os meus poderes numa luta a sério! - uma voz animada falou.

Todos os presentes na sala olharam para os recém-chegados sem reação primeiramente, mas logo veio um tumulto.

- Oba! Ei, como eram os oponentes contra quem lutaram, hein?! Fortes?! Muito fortes?! Eu gostava de ter estado lá para lutar contra eles, mas eu estava a lutar contra mauzões também! Foi muito divertido! - disse Luck, animadamente a socar o ar perto das duas meninas que não via há dias.

- Deixa de ser um maníaco! Elas acabaram de se curar do empalamento! A última coisa que iriam querer falar é sobre isso! - Magna deu um sermão em Luck, enquanto se defendia dos socos que Luck lhe disferia. - E aí? Bom trabalho na capital, já ouvi falar o que fizeram! Mesmo à moda dos Touros Negros! Ahahah! - comentou ele, alegre, com o seu característico sorriso aberto, antes de correr para cima de Luck, que fugiu enquanto lançava relâmpagos.

Empaladas? - pensaram as meninas, confusas.

- Aqui! Permito que sejam abençoadas com uma breve conversa com a minha querida irmã, Marie. - Gauche aproximou o pequeno espelho prateado, no qual a imagem da sua irmã era refletida.

- Olá. - a pequena Marie acenava para as duas meninas com um leve sorriso e uma gota de suor na bochecha.

- Oi. - cumprimentou Azuli, a acenar para Marie, sorridente.

- Como estás? - perguntou Noelle, antes que Gauche retirasse o espelho e voltasse para o seu lugar.

- Minha querida Marie... - sentado no sofá, Gauche sangrava do nariz novamente.

- Chuuuu. - Grey soltou fumaça perto das duas, antes de se transformar na Azuli. - É muito bom ver-vos bem novamente! Todos do esquadrão estavam preocupados com vocês! Tenham mais cuidado para a próxima, os inimigos são uma dor de cabeça! - disse Grey, animadamente, antes de se transformar novamente em um homem enorme novamente.

- Oh! Certo... - concordaram Azuli e Noelle.

- Láaa! Ainda estão tão magrinhas! - Charmy examinava o estado das duas, circulando-as. - Já, já eu trago um pequeno almoço redobrado, digno dos cavaleiros mágicos!! Láaaa! - Charmy correu pela porta.

- Estava preocupado convosco, minhas amigas. Vamos tomar um sumo e conversar no café enquanto estreitamos a nossa amizade. - disse Gordon, baixinho.

- O quê? - perguntou Azuli, por não entender os sussurros de Gordon.

Ele está a falar connosco? Não consigo ouvir nada do que ele diz. - pensou Noelle, com uma grande gota de suor.

- Até que enfim acordaram! Pensei que iam dormir por mais uma semana outra vez! A mana Vanessa começava a não dormir noites a fio, né? - perguntou Asta, empolgado.

- Não digas essas coisas, Asta. Eu estava perfeitamente bem. - Vanessa cruzou os braços. - O mais importante é que as nossas duas meninas estão sãs e salvas. - ela colocou os seus braços à volta dos ombros de Azuli e Noelle. - Bom trabalho, meninas. - disse elas, fazendo-as sorrir.

- Eu surpreendi-me que tenham acordado em tão pouco tempo. Eu conheço um ótimo sítio para relaxar, se quiserem podem vir comigo e fazemos um piquenique. - disse Finral, com um sorriso e um olho fechado.

- Noelle! Minha rival! - Leopoldo, após sair do seu transe, correu escadas abaixo e travou bruscamente à frente das duas meninas, impedindo de se chocar contra as duas recém despertadas. - Quando vos vi, preocupei-me que vocês poderiam morrer, mas não mais! - Leopoldo exclamou, levantando um punho na altura do peito. - Eu tornar-me-ei o mais forte!! Asta! Azuli! Noelle! Alegra-me que tenhamos todos sobrevivido! São os três meus rivais agora. Enfrentámos a morte juntos e sobrevivemos, assim que... Espero que se tornem mais fortes também!!

Memória de Leopoldo...

- Irmão! Que marca é essa na tua testa? - perguntou o pequeno Leopoldo, curioso.

- Hm? Ah, isto? - Fuegoleon apontou para a sua testa, onde uma marca de diamante de quatro pontas se via no centro. - É uma marca imposta na família Vermillion, uma marca de uma promessa pessoal. Apenas as têm aqueles preparados para conquistar a si mesmos e converterem-se em Rei Mago! - explicou ele, animado.

- Uau! Que fixe! - Leopoldo cerrou os punhos e olhava com admiração para a marca de Fuegoleon.

Outro dia...

- O mestre Fuegoleon tornou-se um indivíduo venerável. É possível que ele seja indicado para ambos os tronos, o de Rei e o de Rei Mago, e converter-se em um verdadeiro Rei! - um membro da família real Vermillion comentou confiantemente com um outro homem da realeza.

Bestial! Incrível, o meu irmão é realmente incrível! Trabalharei duro e assim poderei ter o direito de me chamar de irmão mais novo dele! - pensou Leopoldo, empolgado, após ouvir a conversa alheia.

Fim da memória...

Não... Não é que eu queira ser igual a ele. - pensou Leopoldo.

- Isto... - Leopoldo levantou um dedo em chamas. - É a marca da minha promessa!! - por fim, ele terminou por pressionar o dedo em chamas na testa, confundindo os três rivais.

Tornar-me-ei o homem... que superará o Fuegoleon!! - pensou Leopoldo, determinado.

- Serei aquele que se tornará o próximo Rei Mago!!! - gritou Leopoldo, convicto nas suas palavras, uma marca de diamante de quatro pontas no centro da testa ainda um pouco magoada.

- Hm! - Noelle olhava para Leopoldo sem emoção e a mão na cintura. - Quem disse que eu sou tua rival?

- Hã? - Leopoldo ficou confuso. - Claro que és! És minha prima da Casa Real Silva! E também... Prometemos um ao outro, em crianças, que nos tornaríamos os mais fortes do reino e do planeta, juntamente à Mimosa e à Naomi!

Novamente ele com a Naomi... - pensou Noelle, a olhar para o primo.

- Bem, se é uma promessa, mesmo que seja antiga, seremos rivais. - Noelle colocou o cabelo para trás e... sorriu. - Irei tornar-me forte em um piscar de olhos, então não fraquejes ou irás ficar para trás.

Leopoldo, com o sorriso a tornar-se mais largo a cada segundo e o olhar a tornar-se faiscante...: Assim espero, minha rival! Mal te apercebas, eu estarei a ser coroado Rei Mago! Ahahahahah!

- Uau! Em dois meses já ganhei quatro rivais! Nada melhor que uma pequena competição! - comentou Azuli, alegre.

- Vamos ver a pequena competição! Eu não descansarei até ser o mais forte entre os fortes! - anunciou Leopoldo, com um punho cerrado ao peito e um sorriso de canto a canto.

-Uou! Não entendi tudo... Mas parece que te converterás em um rival decente. Mas e aí, afinal, o que estás aqui a fazer?! E como encontraste a Base, hein?!

- As minhas excelentes habilidades sensoriais permitiram-me rastrear aqueles dois! - Leopoldo apontou para trás de si, para Magna e Luck que, surpreendentemente, estavam sossegados a conversar. - E olhem, seremos amigos, então tratem-me por Leo!

- Amigos? Tu apressas-te demais! - comentou Azuli.

- Não quero ouvir isso de ti, Lady "trata-me por tu, pequena Azuli"! - exclamou Leopoldo.

- Láaa! O pequeno almoço está pronto! Todos para o refeitório antes que esfrie! - Charmy gritou ao entrar pela porta, seguida por duas ovelhas cozinheiras, que de seguida empurraram Azuli e Noelle pela porta.

- Espera! Eu ainda quero saber o que aconteceu nestes últimos dias! - gritou Azuli, que ia arrastada pela porta adentro.

- Nós contamos-te tudo, descansa! - gritou Finral, divertido.

Assim, todos foram em direção ao refeitório.

Em outro lugar...

Uma cama estava completamente desarrumada, cobertores estavam no chão e lençóis estavam amassados. Sentado nela, um homem era tocado pela luz do sol, que entrava pela breja da janela aberta.

- Ah... - ele respirou fundo. - O que aconteceu? - a visão do homem estava ainda a acostumar-se à luz, zonzo como ele estava não se apercebeu onde estava.

- Ah... Aquele homem... era deveras poderoso. - disse ele, a esfregar o rosto para acordar, até sentir desconforto num dos ombros. - O meu poder não conseguiu chegar até ele nenhuma vez...! Por outro lado, a magia dele chegou a mim à velocidade da luz! - ele tocou no seu braço direito, no qual tem ataduras no ombro, delicadamente para não prejudicar qualquer ferida que ainda possa ter nele, até que algo lhe veio à mente.

- Meninas!! - ele levantou-se, mas logo caiu na cama novamente, zonzo. - As meninas... - disse ele, ofegante.

- Mestre Fuegoleon?! - uma voz chocada chamou. - Como está?! Não se mexa! Deve fazer um exame para ver o estado em que se encontra! - exclamou um homem, suor a escorrer da testa, enquanto corria para perto de Fuegoleon e o apoiava para que se sentasse na cabeça da cama, mas foi impedido.

- Não... Não posso! As meninas! Preciso saber o que lhes aconteceu! - exclamou Fuegoleon, com todo o seu fôlego, tornando-o mais fraco do que já estava.

- M-Mas... não é hora de se preocupar com elas... Agora, por favor, mantenha-se aqui deitado até que eu volte com o doutor Owen. - implorou o curandeiro dos irmãos Vermillion.

Fuegoleon olhou calmamente para o seu curandeiro e respondeu: Claro. Eu esperarei pelo doutor Owen... Não te preocupes.

Com suor a escorrer da testa enquanto olhava momentaneamente para o mestre da Casa Vermillion, o curandeiro acenou com a cabeça e saiu porta fora.

Sozinho no quarto, Fuegoleon olhou pela janela aberta, o sol a entrar acompanhado da leve brisa da manhã.

Na base dos Touros Negros...

Terminado o pequeno almoço, os Touros Negros foram para a sala de convívio.

- E aí, bom trabalho na missão! - elogiou Asta, após Magna e Luck contarem sobre a sua missão.

- Mas eu faria melhor! - comentou Leopoldo, divertido, após Magna se gabar das suas façanhas.

- Hãaaa?! Não nos subestimes, miúdo dos Reis Leões Carmesins! A melhor prova como reconhecimento do nosso trabalho, foi a estrela que recebemos! Desse jeito, eu vou mostrar aos demais Touros Negros como se faz, seus perdedores! - disse Magna, sorridente.

- Isso mesmo, Magna! O nosso ataque combinado "Tufão Magna Crepitante" foi incrível, não foi? - perguntou Luck, inclinado em Magna.

- Nunca mais na vida vou fazer isso!! - exclamou Magna, com suor na têmpora enquanto se lembrava da terrível magia em que foi feito de ataque humano.

- Ainda bem que ficaram a salvo. - disse Gordon, sentado em um sofá perto dos sofás em que estavam Grey e Gauche, algo que ninguém ouviu.

- Azuli, Asta, a minha era começou, hein! Vejam se me conseguem acompanhar, tá? - disse Magna, com as mãos na cintura e o ego a mil.

- Ei, aliás, Magna! - começou Azuli.

- O que foi? - perguntou Magna, ainda com o sorriso na cara.

- O Rei Mago ficou tão impressionado com o que eu tenho feito, que fui promovida a cavaleira mágica júnior de terceira classe! - disse Azuli, felicidade a transbordar da sua voz.

- É o quê?!! - Magna gritou em choque, quase a perder o equilíbrio.

- Hã? - expressou Luck, surpreendido.

- Ei, eu também. Eles ficaram tão impressionados com o que fiz na capital real que me nomearam cavaleiro mágico júnior de terceira classe em uma cerimónia especial por serviço de guerra. - disse Asta, com um grande sorriso e olhos fechados, enquanto permitia que um rubor rosa se apoderasse das suas bochechas.

- Hm! - expressou Noelle, virando-se levemente para o lado. Eu também lutei na capital real! Por que eu não fui promovida então? N-Não é que eu queira! Mas eu sou da realeza! - pensou Noelle, com um rubor rosa nas bochechas.

- Como é que é?! - exclamou Magna. - Espera aí... Do que eles estão a falar? Classe quê do quê? - perguntou ele, em dúvida, a Luck.

- Não sei. - respondeu Luck, a olhar de volta para Magna.

- Como assim?!! - questionaram Azuli, Asta e Noelle de queixo no chão e os olhos em branco.

- É sério? - perguntou Yami, a dobrar o jornal e a levantar-se do sofá em que estava. - Vocês são cavaleiros mágicos há um tempão e não sabem o que é isso? - disse ele, antes de expelir fumo do cigarro, que tinha entre dedos. - É o ranking de cavaleiro mágico. E como vocês não mudaram nada desde que se alistaram, ainda são de nível cinco da categoria mais baixa. Aliás, Azuli, Noelle. - chamou ele. - Pelas vossas proezas na capital real, o Rei Mago decidiu promover-vos. Noelle, tu passaste a cavaleira mágica júnior de terceira classe, e tu, Azuli, passaste a cavaleira mágica intermediária de quinta classe. É melhor começarem a tratá-los como vossos superiores. - disse Yami a Magna e Luck, que ficaram em choque.

- Como é?!! - exclamou Magna, de boca aberta e os olhos quase a saltar para fora.

- Meus rivais! Vocês estão a subir de ranking, mas isso não significa que sejam tão fortes quanto eu! Ahahah! - Leopoldo saltou para o lado deles.

- Bem podes ficar à espera sentado, Leo. Aposto que derrubaria a tua magia de fogo com a minha magia de água sem problemas. - disse Noelle.

- Isso eu gostava de ver! Vamos lutar lá fora agora, querida prima! - exclamou Leopoldo, inclinado em Noelle.

- Nesse caso, também quero! Seremos nós contra o Leo, que tal? - perguntou Azuli, empolgada.

- Por mim... - respondeu Noelle.

- Também irei! Quero treinar os meus poderes contra quantas pessoas eu puder! - gritou Asta, juntando-se aos amigos.

- O que o irmãogoleon está aqui a fazer? - perguntou Yami, o cigarro entre os lábios. - Não devias estar na tua Base, ô, pirralho? - perguntou Yami, com a cabeça de Leopoldo pendurada na sua mão.

Eh? Parece a irmã... - pensou Leopoldo, com os olhos em branco.

- Aliás... Charmy. Tu passaste a cavaleira mágica júnior de primeira classe. - disse Yami.

- Ajoelhem-se diante mim, inferiores! - disse Charmy, sorridente. - Agora, sigam-me e façam tudo o que eu mandar, inferiores! - disse ela, de costas. Magna não parecia querer acreditar no que estava a ouvir. O seu rosto estava azul e a sua descrença era pesada ao ponto do seu maxilar quase cair no chão. Mesmo assim... ele ajoelhou-se diante Charmy, assim como Luck, que seguiu o exemplo de Magna. Apesar do sorriso, ajoelhar-se não parecia agradar o menino.

- Aparentemente, impressionaram-se por ela ter capturado um dos inimigos. Apesar de parecer que só queria fazer um lanche... - revelou Yami.

- Adorem-me! - exclamou Charmy, enquanto fazia uma dancinha feliz.

- Grrrrh! O que é essa dança estranha? - perguntou Magna, ainda ajoelhado, com um punho cerrado em irritação.

- Essa dança é bem irritante. - comentou Luck, com um sorriso nos lábios, mas que não chegava ao olhar, ao lado de Magna.

- Bem, de qualquer forma, bom trabalho, pessoal. - parabenizou Yami os três novos recrutas, com um largo sorriso.

- Mas... o capitão Fuegoleon... Ele... - Azuli estava cabisbaixa, preocupada pelo capitão... também seu primo.

- Sim... Eu também estou preocupada com ele. - comentou Noelle, cabisbaixa, enquanto recordava os acontecimentos daquele dia.

- Ele estava muito mal na última vez que o vi. Será... Será que ele melhorou assim como vocês? - perguntou Asta, incerto, o que fez as duas meninas mais apreensivas ainda.

Irmão... Todos estão preocupados contigo... - pensou Leopoldo.

- Hã? Fuegoleon? Por quem pensam que estão a preocupar-se, pirralhos? - perguntou Yami, chamando a atenção dos três recrutas, assim como a do Leopoldo, que foi solto naquele momento. - Aquele grande Rei do Sangue Quente não morrerá tão facilmente. Talvez ele até se torne mais forte e regresse.

- Hã? Tem razão! Ele é meu rival, eu vou treinar ainda mais e tornar-me mais forte para o superar! - exclamou Azuli, entusiasmada.

- É isso aí! Vamos! - concordou Asta, animado. - Espera aí?! Rival?! O que foi que eu perdi?! - Asta perguntou a Azuli, que andava em direção à porta.

- Calma! Eu também vou! - exclamou Noelle, que andou até os dois.

- E eu! - Leopoldo também correu em direção aos demais.

- Calminha aí. Vocês as duas vão é descansar. Se se magoarem demais vão morrer. É o líder que está a mandar. O que são vocês, umas idiotas? - perguntou Yami, com o cigarro na mão. E se a Noelle voltar a magoar-se novamente, eu terei que ouvir o irmão águia dela mais uma vez. Ahh, que homem chato... - pensou ele, mentalmente exausto.

É, mas eu fiquei assim porque o capitão me obrigou. - pensou Azuli, sem sequer imaginar em dizer em voz alta como normalmente falava.

- Vocês ganharam uma folga, meninas? - um portal abriu-se perto delas. - Então... Vamos a um baile! - disse Finral, a parte superior do corpo fora do portal, com o polegar para cima, como sempre a sorrir com um dos olhos fechados.

- Um baile?! - perguntaram Azuli e Noelle, de boca aberta.

- E tu, volta ao trabalho. - mandou Yami a Finral.

- Ah, o quê? Por quê? Também queres vir, Yami? - perguntou Finral.

- Elas as duas...? - perguntou Asta, sem piscar os olhos. - Mas então e eu, capitão?! - gritou Asta.

- Para de gritar, miúdo. Tu já descansaste ontem, agora é a vez delas. Tu irás em uma missão. Qual? Eu ainda não sei. - disse Yami.

- Mas capitão... - queixou-se Asta. - Como é que eu vou lutar em uma missão sem as minhas companheiras de combate? A Azuli e a Noelle são a minha equipa! Não posso ir sem elas! Por favorzinho, capitão! Deixe-me ir com elas!

- Não. - respondeu Yami, antes de expelir fumo.

- Ok! Então... E se eu for o guarda-costas delas?! Eu as protegerei de todo o mal que tentar alguma coisa com elas! É uma promessa! - gritou Asta, determinado, com um punho ao peito no emblema do manto dos Touros Negros.

Protegida pelo Asta?! - pensou Noelle, com os olhos em branco. - Um dia inteiro junto a ele! Ai! Não pode ser, eu não vou aguentar! O-O que eu estou para aqui a pensar?! O Asta não é nada para mim! É, ele é um colega de esquadrão! Mais do que isso não existe! - pensou Noelle, enquanto balançava a cabeça, com um rubor vermelho a espalhar-se pelas bochechas.

- Hm? - Azuli apenas observava as estranhas atitudes de Noelle, confusa.

- Como grita... - Yami olhava para Asta, que engolia em seco o olhar do seu capitão. Se bem que... - pensou ele. - Está bem, podes tirar este dia, mas com uma condição.

- Sim, capitão! - concordou Asta.

- Tu nem mesmo ouviste a condição, idiota. - Yami acendeu outro cigarro e logo o colocou nos lábios. - Tens de garantir a segurança da Azuli e da Noelle. Quando chegarem em casa, não quero ver um aranhão, hematoma, e por aí vai, nelas. Caso contrário, terás de te a ver comigo, entendido? - disse Yami, com um olhar assustador.

- Sim, capitão! - Asta fez a continência dos cavaleiros mágicos, com suor a escorrer da testa.

- Um segundo! Onde esse baile vai ser? Eu estou de folga pelas feridas que recebi na batalha, mas estou bem, então posso acompanhar a Azuli e a minha prima como guarda-costas também. - perguntou Leopoldo a Finral, que o olhou surpreendido.

Um membro da realeza tão simpático e humilde como este eu nunca havia visto. Exceto a Finesse. - pensou Finral.

Em meio ao momentâneo silêncio da sala, uma batida ouviu-se na porta.


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