23#A gêmea da Guerreira Dragão do Mar

24-03-2025

Capítulo 23 - Rei Leão Carmesim

Tu e eu somos rivais também. - esta mísera frase ecoava na mente de Azuli, vez após a outra.

Um líder, um membro da família Real e também... meu primo... Reconheceu-me...?! - pensou Azuli, que olhava para as costas de Fuegoleon, nas quais o símbolo do seu esquadrão estava estampado, saindo gradualmente do seu estado atónico e abrindo um sorriso sincero, um que poucas pessoas podiam despertar nela.

- Certo! Eu ainda posso continuar a lutar! - Azuli começou a correr, animada, em direção ao inimigo, deixando Asta protegido pelas chamas que Fuegoleon conjurou para proteger ambos os novatos.

- Não, não podes. - Fuegoleon, ainda a olhar para o inimigo, bateu na cabeça de Azuli quando ela chegou perto. - Os guerreiros devem verificar a sua condição constantemente, e determinar se conseguem lutar ou não. - disse Fuegoleon a Azuli, que estava agachada no chão, a queixar-se da dor com estrelinhas nos olhos. - Neste momento, não estás em condições de lutar. Apesar da impulsividade ser a tua maior arma, mantém a cabeça fria. Isso é... Se quiseres converter-te em Guardiã.

Fuegoleon... Eu queria lutar ao teu lado... Mas tens razão... - Azuli olhou para trás. - Antes disso, tenho uma prioridade, uma que não pode esperar.

- O que vocês querem?! - Fuegoleon gritou ao inimigo. - As vossas ações estão demasiado dispersas para ser uma invasão e demasiado organizadas para ser terrorismo indiscriminado! Quem és tu?!

Apesar de ter passado uns segundos em silêncio, o homem começou a falar.

- Ah... Há seis anos... Eu era o melhor candidato para a Ordem dos Cavaleiros Mágicos. O meu nome é Rades. - o homem, agora conhecido como Rades, respondeu, com uma expressão zombeteira e também... amarga.

- O quê...?! - Fuegoleon ficou confuso. Um ex-Cavaleiro Mágico?! - pensou ele.

Com um sorriso amargo, Rades continuou a falar: Não consegues lembrar-te, não é? Eu não era suficientemente importante para gente como tu.

É um plebeu, mas a força da sua magia é fenomenal! - Fuegoleon lembrava-se do que alguém comentou no momento em que Rades lutou há seis anos.

Era ele...? Se eu bem me lembro, ele juntou-se aos Orcas Púrpuras... - pensou Fuegoleon, sem entender onde Rades queria chegar.

- Mesmo com todo esse talento, por que havias de... - Fuegoleon não conseguiu terminar.

- Eles expulsaram-me! - gritou Rades, zangado... mais do que zangado... - Eles disseram que a minha magia da alma era perigosa e proibida!! E por ser plebeu, ninguém pôs a mão no fogo por mim e acabei expulso do esquadrão e do país!!! - Rades parecia que estava a lutar contra um trauma e, aparentemente, decidiu manifestar a sua frustração no exterior, e continuou a gritar, agitado. - Apesar do meu talento ser melhor... Melhor que o dos nobres ou da realeza... Melhor do que o de qualquer um!! A mana é tudo neste mundo, não é? Huh?! - perguntou ele, enquanto embalava a cabeça e se descabelava. - Por isso! Estou a vingar-me por conta própria contra a Ordem dos Cavaleiros Mágicos e do país!! Com o meu poder!! Esse é o meu objetivo!! - gritou ele, enfurecido. - Apesar de que, bem, há outro objetivo... - disse ele, cabisbaixo, calmamente, com um largo sorriso no rosto.

- Que razão mais infantil, idiota!! Não brinques comigo!! - gritou Fuegoleon, desta vez, era ele quem estava enfurecido. Saber que o povo do seu país, o país que está destinado a proteger desde o nascimento, sendo da realeza, esteve a sofrer nas mãos daquele homem... Fazia o sangue do Rei Leão Carmesim ferver.

- Infantil...?! - questionou Rades, divertido. - Isso é o curioso das razões... São sempre simples, sabes...? - perguntou Rades, calmamente, mas sorridente, enquanto outro portal negro se abria a seus pés.

Fuegoleon, sem perder mais tempo a olhar para o novo zumbi que Rades conjurou, tomou uma postura.

- Leo!! - chamou Fuegoleon, sem tirar o olhas do oponente.

- Irmão? - Leopoldo olhou momentaneamente para Fuegoleon, antes de aproveitar a brecha que Noelle criou e atacar as pernas do zumbi.

- Precisas de ajuda?! - perguntou Fuegoleon, sem perder a energia.

- Nunca que eu vou precisar!! - gritou Leopoldo, entusiasmado.

- É isso que eu gosto de ouvir!! Se assim é, então acaba com ele rápido!! - gritou Fuegoleon, entusiasmado.

E eu estou aqui a fazer o quê? A enfeitar por acaso?! - pensou Noelle, com uma veia saltada na testa. Ela, estando emparelhada com Leopoldo na batalha, tem mantido o zumbi contido dentro da cúpula e a abrir brechas para Leopoldo atacar, já para não falar de todas as vezes que Noelle fez a lama em papa, impossibilitando o zumbi de a mover.

Que incrível! São como irmãos espartanos! Inseparáveis! - pensou Azuli, deslumbrada. - Parece que tudo está a correr bem. - pensou ela, antes de olhar para Asta, que estava completamente livre das suas feridas. - Agora, só preciso cuidar das minhas... Apenas tenho que descobrir como. - Azuli analisava as feridas que pôde. Infelizmente, a sua visão já começava a embaçar, muito sangue foi perdido nestes últimos minutos.

- Irmãzona! - uma doce voz preocupada ouviu-se atrás de Azuli.

- Hã? - a menina lançou-se à confusa Azuli e abraçou-a.

- Por que as tuas feridas ainda não estão curadas? Curaste o menino, mas a ti não... - a menina segurou nas mãos de Azuli, que estava ajoelhada diante da menina que, por sua vez, estava de pé, com a luz do fogo a iluminar o seu rosto.

- Eu posso curar-me mais tarde, não é nada demais. - Azuli olhou para a menina, que ainda segurava as suas mãos e olhava para as suas feridas, quase em transe. - Escuta, por que continuas aqui? É muito perigoso e a tua família deve estar preocupada contigo. É mais seguro se... - Azuli, por mais que quisesse continuar, não pôde.

A menina à sua frente, por mais forte que se esforçasse para parecer, desabou emocionalmente.

- Não quero... - lágrimas eram derramadas sobre as mãos de Azuli. - Quero ficar mais tempo contigo...

Ela está a chorar... Foi algo que eu disse ou fiz? - Azuli não sabia o que fazer. Uma explosão de calor sentiu-se perto das meninas, iluminando o local, mas nenhuma das duas se importou.

- O teu pulso... - Azuli gesticulou para o pulso ferido da menina, que escondeu de imediato.

- Não é nada demais, irmãzona! - prometeu a menina, com as mãos atrás das costas e um sorriso forçado.

- Deixa-me ver. Isto não é brincadeira nenhuma! - Azuli, preocupada, puxou o braço da menina e viu a ferida no seu pulso. É muito profundo... Não posso crer! Naquela hora, pensei tê-la protegido de todos os ataques, mas aparentemente... Tsc... Isto é mau. Não tenho feitiço algum para feridas amaldiçoadas.

- Irmãzona... - a menina chamou a atenção de Azuli. - Não é nada demais. - a menina disse, tranquilamente.

Não é nada demais, Naomi. - disse Noelle de cinco anos, com a pele do braço queimada e lágrimas nos cantos dos olhos, enquanto expressava um sorriso alegre forçado.

- Não? Temos de encontrar um médico o mais rápido possível! - Azuli tentou levantar-se, mas a menina trouxe-a novamente para baixo, delicadamente, a segurar-lhe as mãos.

A menina balançou a cabeça negativamente, com um sorriso sereno no rosto. Azuli, que outrora vira a menina aterrorizada, não reconhecera a criança calma e serena que estava à sua frente.

- Sabes... O Reino Nobre é muito lindo... - comentou a menina, deixando Azuli desconcertada. - Mas, como uma pessoa muito querida para mim dizia: "Tudo o que é belo, um dia acaba", e é isso que eu vou fazer agora... Por ti. - a menina, com o seu lindo semblante dócil e infantil, sorriu para Azuli, uma última vez, antes do seu corpo brilhar em cor magenta.

Tudo o que é belo, um dia acaba. Não te esqueças disso, Azuli. Isso não é motivo de preocupação, mas sim o que belo significa para ti. - um dos ensinamentos de Otávio, veio à mente da jovem.

Por que estas recordações me vieram à mente agora? Sempre que olho para esta menina, sempre que a ouço, sinto-me estranha, sinto o meu coração a doer. - pensou Azuli, desnorteada.

Azuli, que tinha as mãos sobre as da menina, foi envolta no brilho magenta que se espalhava levemente pelo corpo das duas, tornando-se mais intenso conforme mais mana a pequena menina liberava, serenamente. Mana rodeava as duas meninas, que brilhavam tão intensamente, que ninguém de fora as podia ver. O brilho era leve e suave, e ainda assim foi o suficiente para que, assim que o brilho tocasse, parasse o fogo, parasse o fumo que as chamas criaram, parasse as rajadas de vento, parasse os raios solares, parasse os Cavaleiros Mágicos, parasse os zumbis. Sem trocar palavras, apenas olhares, as duas meninas cintilaram, e cintilaram, e cintilaram, até os resquícios do brilho envolverem todo o distrito.

- Hã?! Onde... Para onde ele foi? - Leopoldo olhava para os lados, mas nada, ele não encontrava o que queria.

- O zumbi... desapareceu? - Noelle estava tão confusa quanto Leopoldo, mas feliz. Com o caminho livre, ela podia ajudar a sua irmã e amigo feridos.

O que foi isto...? - Azuli estava confusa, desnorteada. - Humm... Ele mudou... - ela olhava para o cristal em suas mãos. O que antes era um cristal azul em forma de diamante de quatro pontas, era agora um cristal transparente, que cintilava infinitas cores. A sua forma assemelhava-se a uma flor que estava ainda por desabrochar.

- Tudo bem, mana?!

- Menina? - Azuli olhava para os lados, à procura da menina que estava à sua frente há instantes.

- Azuli. - Noelle chamou Azuli, com uma expressão preocupada. - Sou eu. A menina, onde ela está? - perguntou Noelle, lembrando-se que a menina que protegia fugiu da sua cúpula de algum modo e não sabia para onde ela tinha ido. - Foi ter com os pais dela? - perguntou ela, agachada diante da sua irmã, ainda preocupada com a falta de reação de Azuli.

- Sim... Não... Não sei. Ela estava aqui ainda agora. - Azuli ainda olhava para os lados, desnorteada e preocupada pela menina. O sorriso sereno e as palavras tranquilizadoras da pequena criança, a última imagem que Azuli tinha da menina, começavam a ficar embaçadas na sua mente.

- De que menina estão a falar? Não esteve criança alguma aqui, estamos no campo de batalha. - disse Leopoldo, aproximando-se das duas meninas, que se mostravam confusas com o que ouviram. - Vamos, o meu irmão deve estar quase a chutar a bunda daquele idiota! Ahahahah! Levantem-se! - Leopoldo estendeu a mão para ajudar Azuli a levantar-se, e o mesmo fez Noelle. - Vejo que te livraste daquelas feridas! É assim mesmo que uma rival minha tem de ser! Ahahahahaha! - Leopoldo ria-se com as mãos na cintura, alegre.

Por que aquele zumbi não desapareceu também? - questionou Noelle, mentalmente, a olhar para o zumbi contra o qual Fuegoleon lutava. - Pela Santa Deusa do Mar, o que se passou aqui?! Tenho a certeza que estava aqui uma menina... Mas o Leo não se lembra dela. - Noelle desviou o olhar para o cristal nas mãos de Azuli. - Além do mais, algo deve ter acontecido para o cristal, um objeto mágico, evoluir em tão pouco tempo, que nem mesmo a Azuli se apercebeu, apesar de ser a dona dele.

Tenho que descobrir o que aconteceu, mas mais tarde! - Azuli, após olhar brevemente para o melhorado cristal, guardou-o junto ao broche do seu avô no bolso de dentro da sua capa. - Ainda estamos em crise, não posso dar-me ao luxo de desleixar-me agora! Seja o que for que aquela menina tenha feito, eu estou completamente curada... Hummm... Incluindo, a minha mana. - Azuli colocou a curiosidade de lado e voltou a sua atenção à batalha que decorria. Apesar de toda a situação ser confusa, estranhamente, Azuli estava calma.

Asta continuava a descansar no chão, rodeado pelas chamas protetoras de Fuegoleon.

- E aí?! - perguntou Rades, divertido. - O que te parece esta barreira e os seus ataques?!!

- Realmente, não posso tocar-te... - respondeu Fuegoleon, seriamente.

- Ahahahahahahah! É tudo o que tens... Senhor Capitão dos Reis Leões Carmesins?!! - perguntou Rades, ironicamente.

- Oh! - expressaram os três jovens, que observavam a luta, deslumbrados. Ele devia ter ficado calado. - pensaram os três.

Como nas últimas vezes, Rades ficou atónico, parado, sem fazer qualquer movimento. Atrás de si, o zumbi, do qual tanto se gabava, queimava até às cinzas.

- Magia de Chamas: Sol Linea. - disse Fuegoleon, calmamente, chamando a atenção de Rades. - No instante em que atacas... Há um momento em que a mana da barreira enfraquece e as paredes tornam-se mais finas, e eu mirei numa delas. Eu confronto magias difíceis todos os dias. Escutem! - Fuegoleon falava com os Cavaleiros mais jovens. - Como Cavaleiros Mágicos, vocês enfrentarão inimigos com magias e forças superiores às vossas!! Quando isso suceder, meçam as vossas habilidades calmamente e mantenham o espírito de luta, e nunca perderão!! Entenderam?!! - perguntou ele, entusiasmadamente.

- Sim! - os três fizeram a saudação dos Cavaleiros Mágicos no mesmo instante.

- Oh! Acabei por ir na onda e fazer o movimento. - comentou Noelle, tímida por fazer a saudação inconscientemente.

- Ahahah, foi emocionante, mesmo que não estejamos a lutar no momento. - comentou Azuli, sorridente.

- Este é o meu irmão! - exclamou Leopoldo, sorridente, orgulhoso por ter um irmão mais velho como ao que tem.

Ele viu a fraqueza do feitiço... E ainda animou os seus aliados... É assim que é um Capitão dos Cavaleiros Mágicos, uma das pessoas mais fortes do reino. - pensou alguém.

- Que incrível!! - disse ele.

Os três, Azuli, Noelle e Leopoldo, olharam para o lado direito, curiosos.

- Hum... - expressaram os três, após breves momentos a olhar para o rapaz.

- Asta?! - exclamaram Azuli, que foi até Asta ver a condição do menino, e Noelle.

- Meu rival! Pensei que ias ficar ferrado a dormir até ao fim da batalha! - exclamou Leopoldo, animado, em frente a Asta. - Agora podes ver o meu irmão em ação!

- Não pode ser!! Venceste o meu número 1, fácil assim... Merda... Merda... - praguejava ele, assustado.

- O teu nome é Rades, não é? - perguntou Fuegoleon. - Ainda que possuas habilidades fenomenais e as trabalhes ao máximo, se não for unido a um bom espírito, não é mais do que violência!! E ninguém vai reconhecer alguém assim!!! - gritou Fuegoleon, exaltado.

Por quê?! Tenho um poder fenomenal que supera o de qualquer um! Estudei a minha magia tanto o quanto pude, polia-a e preparei-a! Preparei-a para hoje... Por muitos... Muitos anos!! E ainda assim, por quê?!! - Rades tremia de fúria, os dentes cerrados e veias vermelhas nos olhos, mostravam o que ele estava a passar no interior. A tremer, Rades tentou fazer mais um movimento: Não... Não pode ser... Até mesmo a mana da família Real é inferior à minha!! Eu... - gritou ele, antes de ser preso em várias patas de leão feitas de fogo.

- Magia de Restrição de Fogo: Leo Parma. - disse Fuegoleon, antes de se aproximar de Rades.

- Tira as tuas mãos imundas de mim!! Eu ainda posso lutar!! - gritou Rades, para o homem que se aproximava.

- Há um monte de perguntas que quero fazer-te! Mas, antes disso, confiscarei o teu grimório. - disse Fuegoleon, antes de apanhar o grimório de Rades do chão.

Rades, que já estava enfurecido, agora está também desesperado.

- Para!!!! Não toques no meu grimório!!! - gritou Rades, com todo a sua força.

Este grimório... - com o grimório na mão, Fuegoleon não pôde evitar de inspecioná-lo. - O quê?! O grimório... Tem apenas uma página?!

- Não olhes!! Para de olhar!! Devolve-mo!! - gritava Rades, desesperado.

Ele... Só pode usar um feitiço? - com um gota de suor na bochecha, Fuegoleon apenas olhava para Rades.

- Não me olhes com esse olhar de desprezo!! - gritou Rades, ao ver Fuegoleon a olhar para si.

- Quem iria menosprezar-te?! Uma pessoa com um poder tão forte quanto o teu, e com força o suficiente para te levantares diante das adversidades... Não tinhas outro jeito de ser reconhecido? Que desperdício! - comentou Asta, o menino sem mana, avançou um pouco em direção a Rades, que ficou transtornado com o seu comentário.

- O teu grimório não define quem tu és ou serás. Sem dúvida, alguém com o teu poder seria reconhecido pelo povo, se não fosse o teu caráter. - com as palavras de Azuli, a menina com uma tremenda mana, mas sem controlo sobre ela, Rades baixou a cabeça, em choque.

- Foste capaz de superar as adversidades, o que te faltou... Foi um bom coração! - disse Fuegoleon, diante Rades. - Paga... pelos teus crimes!

- Estás... satisfeito agora, espero. - alguém falava com Rades através do auricular que ele tinha na orelha. - Como pensei, era pedir demasiado para que derrotasses um Capitão sozinho. Nem sempre podes ganhar, mesmo com uma enorme quantidade de mana. Catherine foi descuidada e perdeu também. A minha mana também está quase no limite, chega de ações aleatórias. A partir de agora, iremos mover-nos de acordo com o plano... Pelo bem daquela pessoa...

Uma voz... - apercebeu-se Asta.

O meu cristal... Por que está a brilhar agora? - questionou-se Azuli, a olhar para o leve brilho branco de dentro da sua capa.

- Falta mais um... O usuário de magia espacial que deve ter invadido a capital. Onde está? Ele já fugiu? O teu objetivo particular é vingança... Mas qual é o objetivo comum?

- Heh heh heh heh heh... O nosso objetivo... És tu!! Fuegoleon Vermillion! - informou Rades, com uma expressão macabra.

- O quê?! - perguntou Fuegoleon, confuso, mas logo entendeu. Isto é... Magia espacial?! Tudo bem... Entrarei na toca do tigre! - pensou ele, deixando-se ser engolido pelo portal abaixo de si. Mas não foi o único.

Ela também... - disse o homem desconhecido, abrindo outro portal.

- Azuli! - Noelle agarrou Azuli, que estava a ser engolida por um portal, assim como Fuegoleon.

Num instante, três pessoas desapareceram pelos portais, deixando os dois restantes apenas a olhar, momentaneamente sem reação.

- Irmão!! - gritou Leopoldo, após o seu irmão ter desaparecido pela magia inimiga.

- Azuli! Noelle! Elas foram com o inimigo também! - gritou Asta, a bater no chão, onde anteriormente estavam as suas amigas.

Em um lugar desconhecido...

Três baques ouviram-se em uma sala branca brilhante.

- Que lugar é este? - perguntou Fuegoleon, que aterrissou de pé, ao contrário das outras duas companhias. A sala era repleta de um brilho branco e alguns círculos mágicos de runas estranhas.

- Ai! Ele não podia ter criado um portal mais perto do chão?! - queixou-se Noelle, que caiu no chão de pedra com força. - Primeiro ficámos iguais a esqueletos, daqui a pouco estaremos iguais àqueles zumbis verdes e feios! - comentou Noelle, mal-humorada.

- Acho que nenhum deles se importa com a nossa segurança, Elle. - comentou Azuli, a esticar o corpo após a dura queda. - Olha! Não estamos sozinhas.

- Hum? - Noelle levantou-se. - Fuegoleon?! Pelo menos temos um Capitão de esquadrão connosco. Menos mal. - suspirou Noelle.

- Meninas... - chamou ele, aproximando-se delas. - O que fazem aqui? É perigoso! - ele bateu na cabeça das duas pela sua imprudência.

- Ai!! - reclamaram as duas, com as mãos na cabeça. - Não estamos aqui por querer!! - gritaram elas de volta, em sincronia.

- Um portal negro formou-se abaixo de mim e depois caí neste chão duro como sei lá o quê! - exclamou Azuli, a chutar o chão branco. - O porquê eu não sei.

- Hum... E tu, Noelle? O que fazes aqui? - Fuegoleon olhou para Noelle, com os braços cruzados.

Uma tosse ecoou pela sala.

- Bem... Assim que eu vi algo estranho a formar-se abaixo da Azuli, eu agarrei-a para tentar impedir que ela fosse levada, mas... Acabei por ser apanhada também. - respondeu Noelle, com um leve rubor rosa.

Outra tosse ecoou pela sala.

- Muito bem! Nesse caso, fiquem atentas a qualquer coisa suspeita! Não sabemos quando o inimigo vai atacar! - exclamou Fuegoleon, determinado.

Outra tosse ecoou pela sala, novamente.

- Certo! - concordaram as duas meninas.

Talvez... Devesses tossir com mais força... É capaz que assim reparem em ti, eu acho. - uma voz ouvia-se dentro da mente do homem de cabelo branco, que pairava na sala, enquanto esperava que os três recém-chegados reparassem nele.

Uma tosse, agora mais forte, foi ouvida.

- Hum? - os três, que estavam a falar entusiasmadamente entre si, olharam para a fonte do barulho.

Quem é este? - pensou Azuli, curiosa.

O inimigo! - pensou Noelle, que logo se aproximou mais da irmã.

- Quem és tu? - perguntou Fuegoleon, enquanto se punha à frente das duas jovens Cavaleiras Mágicas.

De volta ao Asta e ao Leopoldo...

- Maldito!!!! A onde enviaste o meu irmão e as minhas amigas?!! - perguntou Leopoldo, a puxar o manto de Rades, irritado. - O que é tão engraçado?!

- Leopoldo, esse homem não é o usuário da magia espacial! - exclamou Asta, que logo correu em direção a uma pilha de zumbis derrotados. - Esse está ali! - Asta, com a sua espada, lançou vários zumbis para o alto, entre eles, um passou por um portal negro.

- Bom trabalho em ver através disto. - elogiou o homem da magia espacial, no topo de um prédio. - Pensei que me descobririam se eu me disfarçasse com magia, assim que tive de me disfarçar desta forma nojenta... - o homem retirou a máscara de zumbi do rosto. - Menino, és como um animal selvagem. Mas... Não deve demorar muito para eles serem derrotados.


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