15#A gêmea da Guerreira Dragão do Mar
Capítulo 15 - O Mago de Diamond
William Vangeance andava pelo exterior da base do Alvorecer Dourado, sob os raios de sol.
- Capitão Vangeance. - exclamou um membro do Alvorecer Dourado.
No mesmo instante em que William se virou para trás para ver a pessoa, o homem que o chamou ajoelhou-se imediatamente diante William.
- O quê? - perguntou William.
A olhar para baixo, o homem revelou as suas dúvidas: Senhor, sobre a exploração da nova masmorra... Por que enviou aquele recruta plebeu em uma missão tão importante? - o homem baixou ainda mais a cabeça quando terminou de falar.
- Tu confias em mim? - perguntou William, com a mão direita levantada e esticada ao nível da cintura.
- Logicamente. - respondeu o homem ajoelhado, com a sua lealdade cega pelo seu capitão. - Eu, Alecdora Sandler, estou pronto para morrer por si.
Satisfeito com a resposta do seu subordinado, com o seu característico sorriso, William continuou o seu raciocínio: Nesse caso, peço-te que confies nele também, pois eu confio. - disse William, que se virou. - Ele também é um membro do Alvorecer Dourado. - disse ele, de olhos fechados. - Tenho a certeza de que ele se tornará ainda mais poderoso. - assim que terminou, ele seguiu em frente.
- Sim, senhor... - respondeu Alecdora, incerto, que voltou a baixar a cabeça , que antes olhava para William a ir embora.
Sim... Nós precisamos que ele se torne um forte peão. - pensou William, sorridente, distante de Alecdora.
Na masmorra...
Então este é o Yuno? E essa...? - Noelle olhou para Yuno e depois para a menina atrás de si, para a Mimosa.
Esta menina parece ser da realeza da Casa Vermillion. É capaz de ser a Mimosa? É semelhante a ela em tudo. - pensou Azuli, que olhou brevemente para Mimosa.
Ela é da nobreza? E está nos Touros Negros. - pensou Klaus, que ficou intrigado com Azuli, que estava a olhar para Azuli.
- Yuno, para quê vir até aqui ajudá-los? - perguntou Klaus, sem gostar da ideia de perder tempo. - A nossa única missão é explorar esta masmorra. - disse ele, a ajeitar os óculos. - Ou seja, chegar à câmara de tesouros nas profundezas dela o mais rápido possível. - Klaus avançou para a frente, para o lado de Yuno. - Não temos tempo para perder com estes tolos.
- Qual é a tua, quatro-olhos mal educado?! - perguntou Azuli, exaltada pelo insulto grátis do quatro-olhos, enquanto olhava para Klaus e apontava para ele.
Quatro-olhos?! - pensou Klaus, incrédulo com o insulto da menina de capa.
- Yuno, o que o quatro-olhos tem, hein?! - perguntou Asta ao Yuno, a apontar para Klaus também.
De novo?! - pensou Klaus, incrédulo por ser chamado por um nome tão desrespeitoso.
- Ele é meu veterano. - disse Yuno.
- Quatro... Mas que desrespeitoso! - exclamou Klaus, a segurar o manto de Asta, enquanto uma veia saltada aparecia na sua testa. - Eu sou um quatro... Digo, eu sou um nobre! Como ousam falar assim comigo?
Por que só me seguram a mim quando ficam exaltados e não a Azuli também? - pensou Asta, com uma expressão comicamente indignado, de boca aberta e sobrancelhas franzidas.
Perdeu a compostura. - pensou Yuno, com uma expressão desinteressada, a olhar para a cena.
- E aí, Yuno. Aquele quatro-olhos mete-se contigo? Queres que eu lhe dê um jeito? - perguntou Azuli, com uma aura azul gélida à sua volta e os olhos a brilhar em branco.
- Eu ignoro-o. Não há nada com o que se preocupar. - respondeu Yuno, com um sorriso singelo no rosto, a olhar para Azuli.
Eu nunca vi a Noelle tão próxima de alguém desde há muito tempo. - pensou Mimosa, surpreendida e curiosa por Noelle ter um braço entrelaçado com o braço de uma menina com uma capa com o símbolo dos Touros Negros.
- Mana, não podes simplesmente dar cabo de alguém. Muito menos de um nobre. - disse Noelle, com a mão livre na cintura e a olhar para Azuli.
- Hm? Eh, eh. - expressou Azuli, divertida, a olhar para Noelle, a sorrir desajeitadamente de olhos fechados enquanto tinha uma mão atrás da cabeça.
Hã? - Mimosa piscou os olhos duas vezes. - Mana?! - pensou Mimosa, incrédula, sem entender o que ela acabou de ouvir. - Como assim "Mana"? Elas conhecem-se há pouco tempo e a Noelle não é de confiar facilmente nos outros. Quem é ela? - pensou ela, com um conflito interno.
- Bom dia, Noelle. - Mimosa, que andou para perto de Noelle, acenou-lhe. - Olá. Eu sou a Mimosa Vermillion, prima da Noelle. É um prazer conhecer-te. - Mimosa sorria de olhos fechados enquanto pegava nas mãos de Azuli.
Eu sabia! - pensou Azuli, que olhou para Mimosa, que também olhava para os olhos dela.
Que poder! Sentiu-o assim que a toquei! - pensou Mimosa, que olhava intensamente para os olhos de Azuli.
- Oi, Mimosa! Eu sou a Azuli, colega da Noelle. Prazer em conhecer-te. - disse Azuli, contente e entusiasmada por rever a sua prima, embora Mimosa não a reconheça.
- Vão ficar assim para sempre? - perguntou Noelle, mal humorada.
- Hã? - expressou Azuli, a olhar para Noelle com os olhos bem abertos e brilhantes. - Assim como?
- Ahah! - Mimosa riu-se levemente da atitude ciumenta de Noelle, após sair do seu leve estado de transe com a reação da sua prima. - Como tens passado, Noelle? Acho que não te vejo desde o banquete real do ano passado. - disse Mimosa, a sorrir de olhos fechados enquanto uma mão estava à frente da boca.
Noelle apenas olhava para a sua prima sem noção, com uma gota de suor na bochecha.
- Tu conhece-la? - perguntou Asta a Noelle, ao lado de Azuli. Ele estava de frente para Mimosa.
- Sim... mais ou menos. - disse Noelle, a olhar para Asta.
- A Noelle e eu somos primas. - revelou Mimosa, com uma mão no peito.
- Então tu também estás aqui. - disse Noelle, que parecia irritada com a presença da prima a um nível em que a sua sobrancelha tremia. Tinhas de ser tu, não é? Por que ela está aqui? - pensou ela.
- Ouvi dizer que os Touros Negros são um esquadrão de bárbaros. Estás a sair-te bem? - perguntou Mimosa, preocupada com Noelle.
- Ia perguntar-te o mesmo, Mimosa. E tu, estás? - Noelle devolveu a pergunta, sem responder à que Mimosa lha tinha feito.
- Hã? - expressou Mimosa, em dúvida.
- É que eu não sei se alguém lenta como tu vai se dar bem no Alvorecer Dourado. - Noelle explicou o seu ponto de vista.
- Sim! São todos muito gentis. Graças a isso, consigo usar a minha magia sem hesitação. - disse Mimosa, a sorrir de olhos fechados. Mas assim que terminou de falar, com os olhos abertos em realização, Mimosa aproximou-se de Noelle com uma expressão preocupada. - Se bem me lembro, tu não conseguias controlar a tua magia. Melhoraste nisso?
Ela não mudou nada! A sua insolência faz-me o sangre ferver! - pensou Noelle.
- E-Estou a trabalhar nisso. - respondeu Noelle.
- Ah, nós três, recentemente, ganhamos uma estrela do Rei Mago por uma missão bem sucedida. - disse Mimosa, com uma mão na bochecha e um sorriso de olhos fechados. Klaus e Yuno estão atrás dela.
Com essa informação, Azuli, Noelle e Asta, apenas sorriram, tranquilos, como se nada os pudesse abalar.
- Nós também ganhamos uma estrela há pouco tempo! - exclamou Azuli, com estrelinhas nos olhos e as mãos na cintura.
Noelle, com um expressão de quem não precisava da aprovação de ninguém, mas orgulhosa, apenas colocou o cabelo par trás.
- Mentira. - disse Klaus, a apontar para Azuli. - Como se o Rei Mago fosse recompensar novatos dos Touros Negros assim tão facilmente.
- Para que saibas nós fomos designados pelo próprio Rei Mago!! - gritou Azuli, em frente a Klaus.
- Outra vez com as tuas mentiras... - disse Klaus.
Perdeu a compostura mesmo. - pensou Yuno, que olhou a cena diante dos seus olhos. Klaus, Azuli e Asta discutiam.
- Não são mentiras! Nós ganhamos, sim! Finalmente chegámos em menos trinta! - disse Asta, com uma veia saltada na bochecha, irritado. Noelle também estava irritada por não acreditarem no seu feito.
- Aliás... pelo o que eu soube, vocês seriam quatro. Não me digam, ele abandonou-vos e foi para casa chorar. Ou talvez, ele tenha morrido por causa de uma armadilha. - especulou Klaus.
Com Luck...
- Yay! - Luck destruiu uma armadilha mágica, que consistia em uma parede de terra espetada. Enquanto corria, Luck cantarolava.
- Agora, para a esquerda... Que tipo de adversário poderoso estará à minha espera mais para a frente? Isto é tão excitante! - disse ele.
De volta a Azuli...
Nem pensar dizer que ele simplesmente deixou-nos e saiu para outro lugar... - pensaram os três Touros Negros, com os olhos brancos e suor a escorrer pelo rosto.
- Não importa, isso só demonstra que o vosso esquadrão são apenas lixo que abandona os novatos. Os Touros Negros é o esquadrão mais repugnante e vergonhoso dos Cavaleiros Mágicos. - disse Klaus, com o nariz empinado arrogantemente.
- Olha só como falas, idiota! - disse Asta, a conter a sua raiva.
- Muito bem desgraçado... - Azuli começou por dizer. - Os Touros Negros conquistarão esta masmorra primeiro! - gritou ela, a apontar para Klaus. - Vocês vão ver, ô, Adormecer... Meia Lua? Não... É... De qualquer forma... Vamos vencer o grupo do líder com a máscara estranha!! - gritou Azuli, ainda a apontar para Klaus.
- Máscara estranha? - questionou Klaus, com um rosto sombrio. - Idiota!!!! Como ousas insultar o único e inigualável, Capitão Vangeance?! - gritou Klaus, exaltado. - Quem és tu para dizer essas coisas? O teu capitão é o mais bizarro de todos! Passa a vida a insinuar os seus músculos e a usar regata para mostrar o seu abdômen definido!!
- Ih, nem vem! O capitão Yami é um homão da porra! - disse Asta.
- O que estás a dizer, maldito?! Ele é o homem mais genial e incrível que jamais vi em toda a minha vida!! - disse Azuli.
E ainda me diz para não desperdiçar o meu tempo... - pensou Yuno, a olhar para a discussão entre Klaus , Azuli e Asta, com os olhos semicerrados de forma engraçada. Nero estava empoleirado no seu ombro.
- Pois bem, já me fartei de vocês, seus tolos! - exclamou Klaus, que respirava pesadamente enquanto ajeitava os óculos. - Vou mostrar-vos a diferença entre o primeiro e o último lugar!! Mimosa!
- Claro! - exclamou Mimosa, sorridente, com o seu grimório aberto. - Magia de Criação de Plantas: Flor Mágica de Sinalização. - dito isto, uma grande flor apareceu, criando uma projeção da masmorra por cima das pétalas. - Vejamos... Muito bem, já entendi a arquitetura básica da masmorra. - disse ela, a analisar a projeção.
- Muito bem. Yuno! - Klaus mandou.
- Certo. - disse Yuno. Vento começava a tomar forma debaixo de Yuno, Mimosa e Klaus. O feitiço utilizado por Yuno, chamava-se: Magia de Criação de Vento: Arca de Vento Celestial. Era uma estrutura suficientemente grande para aguentar levar mais de três pessoas.
- Tentem se puderem. - disse Klaus, a olhar para os três Touros Negros.
- Ele está a carregar os três sem problemas! - disse Noelle, admirada com a magia de Yuno.
Incrível como sempre, Yuno! - pensou Asta, a olhar para Yuno e a sua magia, com um grande sorriso enquanto se lembrava da sua promessa com Yuno.
É uma competição... Vamos ver qual de nós conquistará a câmara dos tesouros primeiro! - ambos, Asta e Yuno, tinham em mente o verdadeiro significado desta missão.
Ele parece ter evoluído muito em pouco tempo. Realmente, estou ansiosa para ver qual dos dois se tornará o Rei Mago. - pensou Azuli, com um leve sorriso, a olhar para Yuno e depois para Asta.
Pouco tempo depois...
- O que fazemos agora?! Nenhum de nós três consegue usar feitiços de rastreamento! - perguntou Noelle, exaltada. Eles estavam cercados por monstros de gosma verde.
- Então, revistaremos todas as salas. - disse Asta, enquanto cortava um monstro de gosma.
- Isso vai levar muito tempo. Esta masmorra é enorme. - disse Azuli, que disparou esferas de água para dois monstros.
- És idiota por acaso?! - perguntou Noelle. Bem, sim, ele é. - pensou ela. - Como poderemos chegar à sala do tesouro sem nos perdermos?! - perguntou Noelle, que disparou uma esfera de água a um monstro de gosma que estava prestes a tocá-la.
Com a pergunta de Noelle, após soltar um suspiro, Nero saiu de cima da cabeça de Asta e voou em direção a um corredor ao cimo.
- Nero? - questionou Noelle, a olhar para onde Nero voou.
Nero indicou uma saída com a sua asa.
- Ah! - os três Touros Negros ficaram maravilhados, nem pensaram no quão estranho era um pássaro saber indicar a direção, mas bem... ele era um pássaro capaz de sentir magia, assim como os que apareceram no exame de admissão dos Cavaleiros Mágicos.
Com Yuno...
- Próxima à direita. - informou Mimosa.
- Sim. - disse Yuno, que seguiu a direção indicada.
- Hmpf! Esses tolos não serão capazes de vencer-nos! - comentou Klaus.
- Verdade. - concordou Mimosa.
- Por falar nisso, o que se passa com aqueles dois rufias? Azuli e Asta. Não pude perceber mana alguma no anão, e na miúda de capa, ela tinha uma mana absurda, mas parece que não a controlava, apenas com aquela varinha... Era um caos absoluto. Em que estava a pensar o Capitão dos Touros Negros quando recrutou escórias como eles? - questionou Klaus, que não gostou de ter conhecido os novos recrutas dos Touros Negros.
- Klaus. - chamou Yuno, virado de costas para Klaus, que estava atrás dele. - É melhor não subestimá-los. - avisou Yuno, a olhar para Klaus com o canto do olho.
Tu és só um camponês... Não me importa se tens um trevo de quatro folhas... Eu ainda não te aceitei! - pensou Klaus.
- Terão muita sorte se conseguirem sair da masmorra vivos. A única coisa que eu quero é conquistar esta masmorra o mais rápido possível, pelo bem do reino! - disse Klaus, sério.
Em outro lugar...
- Trago notícias ao Rei Mago. - disse um mago encapuzado, ajoelhado diante um lance de escadas cobertas por um tapete vermelho, com a cabeça baixa. O Rei Mago estava sentado no seu trono, com Marx ao seu lado em pé. - Dois dos esquadrões de Cavaleiros, o Alvorecer Dourado e os Touros Negros, começaram a investigar a masmorra. Todavia, confirmou-se também que um destacamento mágico militar do Reino Diamond invadiu o nosso território.
- Os nossos vizinhos de Diamond... - um homem nobre qualquer comentou.
Entre este comentário, vários outros surgiram no meio do burburinho. Todos estavam preocupados, especialmente, pela segurança da própria pele.
- Recentemente, andam a tentar expandir o seu território. - disse outro nobre.
- Eles têm um comportamento agressivo. - comentou outro.
- Teremos problemas se eles roubarem as magias antigas que a masmorra pode estar a guardar. - comentou um nobre.
- Quem é o encarregado desta invasão de Diamond? - perguntou Julius, com o seu típico sorriso calmo e voz cheia de vida.
- O líder do inimigo é Lotus do Inferno, Majestade. - informou o mago encapuzado.
- O Lotus do Inferno... Ele...? - questionou um nobre, preocupado.
- Ah, enfrentei-me com ele no campo de batalha há um tempo atrás! É alguém realmente forte! A sua magia era muito interessante. - disse Julius, alegre.
- Este não é o momento para falar tão despreocupadamente, sua Majestade! - disse Marx, revoltado com a atitude de Julius.
- Tudo bem, não se preocupem. Pelo que sei, o Yami enviou alguém bem interessante nesta missão. William também enviou um menino interessante.
- Mas... - Marx não parecia convencido.
- O Lotus é forte. Mas os nossos jovens também são. - disse Julius, que deu um sorriso confiante.
Na masmorra...
- Aaaahhh... Que fracos. - disse Luck, sorridente, enquanto pisava um inimigo e agarrava outro pela cabeça com uma garra feita de relâmpagos. Vários outros inimigos podiam ser vistos no chão, esgotados e enfraquecidos. - Mas tu... Não és nada fraco, verdade? - disse Luck, a olhar para um homem sentado em cima de uma rocha, que fazia parte de uma parede, agora destruída.
- Ora essa. Parece que estou em problemas. Subir demasiado as expectativas não faz bem. O poder infinito da juventude é aterrador. Venceste os meus homens num instante. - disse Lotus, enquanto mexia na sua barba. - És bem forte.
- Ahah! Bem, eram só subordinados. Se tu fores o chefe e fores forte, não haverá nenhum problema. - disse Luck.
- Vejo que usas magia de relâmpago... Parece muito prático, sem mencionar o poder de ataque e a velocidade. Os jovens de hoje em dia são muito poderosos. Deixaste este velho aqui a tremer de medo. - disse Lotus. Embora as suas palavras, a sua calma e tranquilidade dizem o contrário.
- Que tipo de magia usas para lutar? - perguntou Luck, empolgado.
- Oh, não. Entendeste mal... Estás demasiado empolgado por lutar, mas... o objetivo de todos vocês, do Reino Clover, são os tesouros desta masmorra, ou não? - perguntou o homem, levantado, que estava a esticar as costas.
- Vamos, vamos lutar! - disse Luck, com a mão direita envolta em poder de relâmpago.
- Caramba. Se esse é o caso, não vejo razão de termos que lutar, entendes? - perguntou ele, que começou a correr para longe de Luck. - Vamos competir sem apelar para a violência. Parece-te bem. Bem... Adeus!
- Nada disso! - Luck saltou para cima dele com um pé envolvido com a sua bota, pronto para acertar o inimigo.
- És mesmo muito rápido! - exclamou Lotus, que ativou a sua magia.
- Ele escapou? - perguntou Luck, no teto, que ultrapassou uma poeira negra, sem sucesso em acertar Lotus. - Fumaça?
- Rapaz, que medo. Posso entender porque os cidadãos do Reino Clover estão irritados. Nós, do Reino Diamond, estamos sempre a invadir-vos. - disse Lotus, com uma mão na cintura e o seu grimório aberto à sua frente. - Sinto muito que Diamond esteja a causar tantos problemas. Mas, neste momento o nosso reino está a passar por uma escassez de recursos naturais... Para puder sobreviver não temos outra opção senão invadir-vos. A vida está difícil. Sabes, este velho tem três filhas em que pensar...
Antes que Lotus pudesse terminar de falar, Luck atacou-o e pousou em um pilar partido.
- Ahahah! A mim não me importa. Estou feliz desde que tenha a oportunidade de lutar contra alguém forte. - disse Luck, com um olhar louco nos olhos.
- Parece que caí no olho do furacão. - disse Lotus, a olhar para Luck atentamente, enquanto sangue escorria pelo corte que Luck lhe infringiu. - Vais fazer este pobre velho chorar.
Com Azuli e os demais...
- Ahhhh! - Azuli e Asta gritavam, enquanto tentavam agarrar-se, com dificuldade, em alguma coisa para manterem a estabilidade.
- Ahhhh! O que se passa com este lugar? A gravidade não faz nenhum sentido! - disse Noelle, enquanto flutuava sem rumo.
- Ei, Nero! Tens a certeza de que este é o caminho correto?! - perguntou Asta a Nero, que estava tranquila em cima da cabeça de Asta, apesar de este estar de cabeça para baixo em um lugar onde a gravidade não faz sentido. Nero não lhe respondeu, apenas manteve os olhos fechados.
- Hm? Que coisa é aquela? - perguntou Azuli, a olhar para um baú com pernas.
- O tesouro! - exclamou Asta, com estrelas nos olhos. Ele estava convencido de que aquele era o tesouro da masmorra.
- Tesouro? Aquela coisa? - perguntou Azuli. Será que é mesmo? - pensou ela, em dúvida.
- Não pode ser! - exclamou Noelle, a olhar para o estranho baú.
- Vamos lá! - exclamou Azuli.
- Sim! - exclamou Asta.
Os dois começaram a correr pelo teto atrás do baú.
- Esperem, pessoal! Com certeza é uma armadilha! - gritou Noelle, na esperança de pôr alguma razão naqueles dois. Aqueles dois são irremediáveis. - pensou Noelle.
- Apanhei! - gritou Azuli com o baú nas mãos. - Não, espera! - o baú escapou.
- Aqui! - Asta apanhou-o.
- Ahh! - Azuli e Asta caíram do teto para o rio de mana, agarrados ao tesouro.
- O que será que tem dentro? O que será? - perguntou Asta, abraçado ao baú, com um sorriso.
- Vamos abrir. - disse Azuli, que se levantou e saiu do rio. Asta seguiu-a.
- Eu mandei parar. E se for uma armadilha? - apelou Noelle, perto dos dois.
- Aberto! - exclamou Azuli, que abriu o baú.
No momento seguinte, os três estavam azuis de nojo. Noelle, por pouco não vomitava. O baú continha uma série de órgãos vivos.
- Que raios foi essa coisa asquerosa que acabaram de me mostrar, idiotas? - perguntou Noelle, enojada.
- O quê?! A culpa é tua por olhar! - respondeu Asta.
- É melhor fecharmos esta coisa. - disse Azuli, ainda azul.
De volta ao Luck...
Luck acabou de atacar Lotus, mas não conseguiu acertar.
- Tão cheio de vida. - disse Lotus, a olhar para Luck.
- Estou a falar a sério. Para de te esquivar e vamos resolver isto rápido. - disse Luck, sempre sorridente. - Vai, vamos! - Luck estava perto de o acertar, mas Lotus esquivou-se.
- Oh, esse manto... Agora eu lembro-me. Os Touros Negros. Tive alguns problemas com o teu capitão uma vez. Ele também era um jovem muito forte.
- Eh? Então, conheces o meu capitão? - perguntou Luck.
- Foi ele que me fez esta cicatriz. Vês? - perguntou Lotus, que mostrava a sua cicatriz no peito. - Deus, como eu me assustei! Foi assustador. A sua forma de lutar era estranha e única. Foi o homem mais jovem que me derrotou.
- Isso só faz valer mais pena ainda lutar com... - antes de terminar a frese, Luck sentiu-se mal. A sua visão começou a ficar embaçada e ele começou a tombar para o lado.
- Oh? Qual é o problema? - perguntou Lotus, com um sorriso no rosto.
- Não é nada! - garantiu Luck, que correu em direção a Lotus para o atacar.
- Que lento. - disse Lotus, que se esquivou facilmente. - Cai no abismo, pouco a pouco. É melhor teres cuidado. Adentrar nas profundezas do inferno... demorará um tempo. - avisou Lotus, enquanto Luck sentia que caía em um abismo.
Que tipo de magia é esta? Não me lembro de ser atingido... - pensou Luck, confuso, a tentar analisar a luta.
- Sabes, todo este lugar está cercado pela minha magia. Um fumo tão impercetível, que não pode ser visto a olho nu. É Magia de Fumaça Debilitante: Abismo de Fumo Usurpador.
O meu corpo não me obedece! - pensou Luck, aflito, antes de sentir outra dor. - Um feitiço que debilita fisicamente. Mas quando ele...?
- Eu tinha uma sensação de que a bloquearias se fosse visível. Eu disfarcei as minhas habilidades mágicas o máximo que pude, para usá-la sem que percebesses. - disse Lotus, a sorrir. - Não pudeste perceber enquanto lutavas com os meus lacaios. - a cada frase, a cada palavra, Luck sentia mais dor. - Eles não foram derrotados em vão. Eles sacrificaram-se para que eu usasse esta magia. - a este ponto, Luck estava ajoelhado no chão, com dificuldade em respirar. Sentia que estava a respirar fogo, tudo estava a arder.
- É importante, né? Trabalho em equipa. - disse Lotus, a mexer na sua barba.
Em outra parte da masmorra...
Um homem andava silenciosamente por um caminho feito de diamante, a sua magia.
Com Yuno e os demais...
- Estamos quase lá. Assim que passarmos este túnel... - informou Mimosa.
- Que impressionante! - exclamou Mimosa.
Eles estavam em frente a um enorme portão, enquanto Yuno pousava no chão.
- Era só isto que a masmorra tinha a oferecer? Não é grande coisa. - disse Klaus, a ajeitar os seus óculos.
- Como entramos? - perguntou Yuno, que pousou no chão, dissipando o seu feitiço.
- Parece que os Touros Negros ainda não chegaram. - disse Mimosa, a olhar ao redor.
- De nenhuma maneira eles chegariam antes de nós. Isso era óbvio. - disse Klaus.
Sem qualquer um deles perceber, distraídos a conversar, Mimosa foi atacada pelas costas por um monte de espinhos de diamante.
- Mimosa! - Klaus gritou, preocupado e em choque.
Atravessou o manto mágico dela. - pensou Klaus, em choque. Ele estava ajoelhado para ver melhor o estado de Mimosa. - Ela é especialista em sentir mana, mas não percebeu?
Para além do ataque ter destruído o manto mágico defensivo de Mimosa, ele também raspou a pele dela, deixando-a em carne viva e sangue a escorrer por todo o lado. Mimosa lutava para lidar com a dor.
- Tu estás viva, não estás? - perguntou Klaus, preocupado com a colega, com suor a escorrer pela testa.
Isto não é obra de uma armadilha mágica... - pensou Klaus.
- Quem está aí?! - gritou Klaus, fortemente.
Que tipo de magia foi essa? - pensou Klaus.
Passos lentos eram ouvidos em direção aos Cavaleiros Mágicos.
- Quem são vocês... que se intrometem no meu caminho? - perguntou um jovem mago com um diamante no peito e três na testa. Ele não exibia expressão alguma. Não como Yuno, mas de uma forma sombria.
Com a aparição do desconhecido, Yuno apenas olhava atentamente para o jovem que andava em sua direção e Klaus ajeitava os óculos.
- Saiam. - ordenou o jovem.
Em outra parte da masmorra...
- O que precisas é de uma equipa na qual possas confiar. - disse Lotus a Luck. - Sinto muito, mas fica aí a debilitar-te. Tchau. - despediu-se Lotus, que estava a sair, enquanto o estado de Luck piorava e ele tinha cada vez mais dificuldade em respirar.
Vencer...
Continua a vencer...
Deves continuar a vencer...
Luck!!
- Espera. - Lótus parou de andar e olhou para trás, sem se virar. Relâmpagos ecoavam atrás de Lotus.
- Já faz um tempo... que eu não me divirto tanto assim. - disse Luck, com um largo sorriso a formar-se nos seus lábios. Ele, prontamente, com uma velocidade impressionante, atacou Lotus com uma garra de relâmpago. Agora, Luck, apresentava luvas e botas feitas de magia de relâmpago.
- Vamos lutar... muito mais! - disse Luck, a olhar intensamente para Lotus com um sorriso enorme no rosto.
- Mas eu não quero... arrancar uma raiz tão jovem... - disse Lotus, a olhar para Luck. O jovem que o feriu mesmo debilitado. O lado direito do rosto de Lotus exalava fumaça, mas não a dele. O ataque de Luck feriu-o, a ponto de queimar essa zona.